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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

PARADIGMA INTEGRAL

PARADIGMA INTEGRAL ?
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Chuva e Sol

Caramba e agora?

O que vou fazer?
O que vamos fazer?

Os contrários se igualam
Os iguais se contrariam

O verde vira vermelho
o vermelho vira verde

Tudo depende do contexto
é relativo, existem inúmeras probabilidades e possibilidades?

Qual escolhemos?
Nós escolhemos?

Queremos música, encanto, viagem, paz...
Quermos Amor, vida, caminhar e compartilhar...

E agora o que fazemos?
O que eu faço?

Compro feito?
Construo, transformo, observo e passo?

Neurônios são estrelas ?
Estrelas são luzes?
Luzes são energia ou matéria?

O relativo é absoluto?
Estamos presos na dialética?

Como construimos ? Linearmente, paralelamente, convexamente...?
É bom ou é ruim?
É certo ou é errado?

Caminho do meio é igual a encima do muro?
Quem disse ? Quem determina a verdade?

Chuva e Sol
Água e fogo?

Um apago o outro?

Sincronicidades
Correspondências
Analogias
Representações
Símbolos...

VEr, SeR, tEr, esTar, QueRer, Fazer, Cantar, Lutar...
Dar, ReCeber, Conviver, Respeitar

O que é realidade ? Quem sou eu? Quem é você?

Todas respostas são uma e uma são todas?
Dualidade, Ambiguidade, Conflitos?
Lei de Ação e Reação?
Causa e Efeito?

Sem efeito CAusa... é o Caos ?
Caos é uma Ordem imperceptível?
Ordem é um CAos imperceptível?

Movimento constante permanente movimento
estagnamos no movimento?
Não podemos parar?

Não podemos Parar?
Não podemos Parar?
Não há como Parar?

E agora o que fazemos ?

Parar ? Transformar ? Desintegrar, Integrar, Reintegrar ?

O que vou fazer?

Pensar é só pensar ?
Agir é só agir ?

Agir é Pensar? Pensar é Agir?

Dimensões ?
Biológico, Corpo, DNA,  Casa, Árvore, Água, Átomo, Célula, Mente ?
Psicológico, Emoção, Alma, Ego, Persona, Sombra, Plasma?
Social, sistemas, linguagem, poder, familia, grupo, instituição?
Espiritual, idéia, ar, éter, elementos, consciência, inconscientes?

E agora ??
Mais o que?

Já?
pra ontem?

Poesia? Paradigma? Pastel?
Palavras?
Quem criou?
Tem uma nova para dizer disso?
ou ficamos iguais a robôs...?
Aceitamos que somos robos ou máquinas?
Somente repete e repete e repete?
copia e copia e copia?

Tá tudo pronto? Existe originalidade?
O que é isso?


Blá...blá...blá...
Cantar, Vibrar... Pular, Brincar...
Xistes? Xistos? chistes? chustos?
sustos? churros? Xizes...Xusos?

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Sinto Muito (Texto Bárbara Axt)

foto serie fringe
fox.com/fringe
 
Texto retirado do site: http://super.abril.com.br/superarquivo/2005/conteudo_387306.shtml

Sinto muito

Olhe, escute, toque, trema, fique tonto - e muito mais. Os sentidos são a única forma que temos para saber que nós e o mundo existimos. E tudo o que sabemos sobre eles está mudando

Bárbara Axt

Tente descrever qual é a graça de andar em uma montanha russa usando só os 5 sentidos. Enquanto você coça a cabeça para descobrir se a vertigem e o frio na barriga se encaixam no tato, na visão, no olfato, na audição ou no paladar, aproveite para pensar em outra coisa: como você sabe que seu braço está de fato coçando a sua cabeça, se não consegue vê-lo? Se quiser mais desafios, olhe de novo a página anterior e responda: por que a imagem de um prego no olho traz uma sensação de dor? Por que alguns padrões de cor e de formas dão a ilusão de vibrar? Por que ver uma mulher beijando um rato embrulha o estômago? Aliás, qual dos 5 sentidos lhe diz que você teve um embrulho no estômago?
Não fique tonto com essas questões (até porque a tontura é outra sensação que não dá para explicar só com audição, visão, tato, olfato e paladar). Como você já deve desconfiar pelas perguntas acima, os nossos sentidos são muito mais complexos do que sempre nos disseram. A idéia de que temos apenas 5 formas de perceber o mundo foi formulada pelo filósofo grego Aristóteles no século 4 a.C. e, de forma um tanto impressionante, permanece popular até hoje. A ciência, no entanto, já percebeu que os nossos sentidos passam de 20 e são bastante maleáveis, complexos e interessantes. Quando começaram a estudar as portas da percepção, coisas incríveis aconteceram: pessoas passaram a enxergar pela língua ou pelo ouvido, pintar coisas que nunca viram, sentir o tato só pela visão. É a nova ciência dos sentidos – e ela pode mudar tudo o que sabemos sobre a realidade à nossa volta.

Vendo tudo
Quantas formas de perceber o mundo nós temos? Não é uma pergunta fácil, principalmente porque, para respondê-la, precisamos antes saber de que mundo estamos falando. É que, nesse caso, existem dois: o externo e o interno. Os 5 sentidos tradicionais são específicos para observar o que acontece fora de nós. Além deles, existem aqueles que servem para percebermos nós mesmos e a relação do nosso corpo com o espaço. Mesmo de olhos fechados, você sabe que tem pés, braços, cabeça, um corpo inteiro, certo? O sentido encarregado de informar o que faz parte do nosso corpo é a propriocepção. O neurologista inglês Oliver Sacks, no livro O Homem que Confundiu sua Mulher com um Chapéu, cita o caso real de Christina, que, aos 27 anos, perdeu a propriocepção depois de receber antibióticos. De uma hora para outra, ficou incapaz de sentir o próprio corpo e precisou aprender a se virar usando outros sentidos, como a visão e a audição. Precisava ver as pernas ou as mãos para andar ou pegar um objeto. Falar se tornou muito difícil – é graças à propriocepção que sentimos a posição da boca.
Comece a viajar nesse mundo interno e vão pipocar sentidos que nos informam situações como o equilíbrio, a pressão sanguínea, a sede ou a fome. Um exemplo é a cinestesia, que nos diz quando cada parte do corpo se move. Só que alguns cientistas acreditam que, mesmo somando todos esses sentidos, ainda não temos o retrato completo. Quem sabe se cada um desses não é um agrupamento simplista de muitas formas de percepção? Afinal, sentir um toque gelado é diferente de sentir um toque com pressão. E enxergar formas é diferente de enxergar cores – o que é comprovado pelo fato de que é possível ficar cego apenas para as cores, como bem sabem os daltônicos. Será correto agrupar no nome "visão" a percepção das formas, dos vermelhos, dos verdes e dos azuis? Ou deveríamos falar de pelo menos 4 sentidos? Não existe ainda entre os cientistas um consenso sobre o que deve ou não ser considerado um sentido isolado. As diferentes respostas a essas perguntas podem fazer o nosso número total de sentidos oscilar entre 10 e 33 (veja tabela à direita). Sentiu o problema? Pois ele é só o começo.

Fazendo sentido
Os sentidos são como uma gangue: além de serem muitos, agem sempre em grupo. E basta acionar um para que todos respondam. Segundo Alvaro Pascual-Leone, neurologista da Universidade Harvard, em Massachusetts, EUA, nosso cérebro está sempre usando todas as percepções para criar um cenário mental da situação. É o que se chama de "mãos da mente": ao olhar para um abacaxi, você sente a textura espinhenta da fruta, enquanto mentalmente é capaz de sentir seu cheiro e o sabor doce e ácido.
Por que isso acontece? Antes de mais nada, é importante entender que sensação e percepção são processos complementares, mas diferentes. A sensação é a parte passiva da coisa, quando simplesmente recebemos um estímulo. É quando as ondas sonoras atingem o aparelho auditivo, fazem o tímpano vibrar e, na forma de impulsos elétricos, são levadas pelo nervo auditivo até o cérebro. A partir daí, entra em cena a percepção, que assimila, decodifica e processa esses dados.
As nossas sensações estão sempre funcionando, mas nossa percepção varia bastante. Ela pode ser temporariamente desativada: como qualquer um que tenha assistido a uma aula chata pode dizer, é possível escutar palavras sem ouvir nada. Por outro lado, é só andar em uma rua deserta para perceber como ficamos mais perceptivos a barulhos e sombras. O desligamento é seletivo: quando queremos conversar com alguém em uma festa barulhenta, precisamos ignorar todas as conversas paralelas, mas basta mencionarem nosso nome para voltarmos a atenção a outra conversa. Na Universidade Harvard, os psicólogos Daniel Simons e Christopher Chabris pediram que voluntários contassem o número de passes dados em um jogo de basquete, o que fez com que muitos não percebessem uma pessoa vestida de gorila atravessando a quadra. (Preste atenção: alguém pode estar chamando o seu nome enquanto você lê esta matéria.)
É possível ter problemas na percepção – um mal neurológico conhecido como agnosia que impede o reconhecimento de qualquer imagem, cheiro ou som. Existem relatos de pessoas incapazes de diferenciar um círculo de um quadrado, apesar de enxergar bem as duas formas. Oliver Sacks cita o caso de um professor de música com um processo degenerativo nas partes visuais do seu cérebro que foi aos poucos perdendo a capacidade de enxergar o todo de uma imagem. Identificava apenas os detalhes ou os movimentos. A confusão chegou a tal ponto que ele não conseguia mais entender uma rosa, apesar de descrevê-la com riqueza de detalhes. Durante uma consulta médica, confundiu seu pé com o sapato e, depois, pegou a cabeça de sua mulher para colocá-la na sua própria cabeça, literalmente confundindo-a com um chapéu.
Mais impressionantes ainda são os casos em que a sensação não acontece, mas a percepção sim. Nosso cérebro é capaz de sentir texturas através da visão (olhe para um cachorro fofinho, por exemplo) ou formar imagens através do tato. O pintor turco Esref Armagan é cego de nascença e seus olhos não detectam nenhum tipo de luz, mas mesmo assim ele é capaz de pintar imagens complexas, como paisagens ou peixes, respeitando as regras da perspectiva. Ele retrata até mesmo objetos distantes, como montanhas e nuvens. Como consegue?
Em primeiro lugar, ele conhece os objetos através do tato e pelas explicações de pessoas que enxergam. Para saber o que está pintando, ele usa uma tinta com textura que lhe permite sentir os próprios traços. Mas o segredo mesmo está na cabeça de Armagan. O córtex visual (área responsável por processar a visão) de uma pessoa funciona mesmo sem estímulos visuais objetivos. Por exemplo, ao fechar os olhos e imaginar uma cena, seu cérebro vai ativar a área relacionada às imagens, mesmo que em uma intensidade mais baixa. O mesmo acontece com o cérebro de Armagan: atividade leve quando ele imagina alguma imagem e bem mais alta quando está desenhando ou pintando. Nessas horas, sua atividade no córtex visual é praticamente igual à de alguém que enxerga perfeitamente. Usando informações da memória, tato, descrição, localização espacial e outros sentidos, ele consegue formar uma imagem parecida com a que temos ao enxergar.
Definir a visão parecia ser uma tarefa simples, mas se torna um pouco mais complicado agora: um indivíduo com agnosia é capaz de reagir à luz, mas não vê certos objetos. Armagan não reage à luz, mas usa relatos para "enxergar" a ponto de pintar melhor do que muita gente com a visão perfeita. Casos como o dele reforçam a teoria de que a percepção das coisas não depende exatamente do caminho pelo qual o estímulo chega. Ou seja, seu cérebro consegue ver de várias formas – os olhos são apenas o caminho mais tradicional.

Olhando pela língua
Em uma pesquisa na Inglaterra, tudo o que voluntários precisavam fazer era colocar o braço debaixo de uma mesa. Por cima, ficava um braço de borracha, usado em shows de mágica. Os braços real e falso eram tocados pelos mesmos objetos, ao mesmo tempo. Foram precisos apenas 11 segundos para que eles começassem a considerar como sua a mão que estava visível, o que ficou provado pelo monitoramento da atividade cerebral e porque, no final da experiência, vários apontaram a mão de borracha como sendo a real. Já o neurologista Alvaro Pascual-Leone, de Harvard, foi mais longe: fez pessoas com a visão perfeita passarem 5 dias com óculos que bloqueavam toda a luz. Durante esse período, eles relataram um aumento nos outros sentidos e também algumas alucinações visuais. Além disso, estímulos táteis ou auditivos tornaram-se capazes de ativar o córtex visual do cérebro. Todos esses sintomas desapareceram menos de 24 horas depois que os voluntários retiraram os óculos.
As duas experiências mostram que os nossos sentidos são muito mais flexíveis e adaptáveis do que se acreditava. Por estarem todos interligados, é só limitar um pouco um deles para que outros tentem compensar a deficiência. Na primeira experiência, a visão interagiu – e acabou substituindo – a propriocepção. E, na segunda, Pascual-Leone acredita que o córtex visual dos voluntários começou a se adaptar para funcionar com estímulos não-visuais. Nos dois casos, o que interessava ao cérebro era a informação disponível. Com os dados que tinha, ele tentava montar uma imagem mental.
Descobertas como essas abriram caminho para encontrar formas de compensar deficiências como cegueira e surdez. Um dos resultados mais promissores é o vOICe, um dispositivo criado pelo inventor holandês Peter Meijer para fazer pessoas enxergarem por meio de música. Ele usa um padrão de sons para descrever imagens captadas por uma câmera, que pode ser acoplada aos óculos de um deficiente visual. Agudos indicam um objeto em posição elevada, como uma prateleira, enquanto sons mais graves indicam algo perto do chão. O volume está relacionado à luminosidade: quando mais alto o som, mais claro o objeto. A ausência de luz é representada pelo silêncio. Pode parecer estranho, mas com algum tempo de uso o sistema pode guiar uma pessoa por um ambiente.
Algo parecido pode ser feito com o paladar. O BrainPort, da Universidade de Wisconsin, EUA, é formado por 144 eletrodos dispostos em um quadrado do tamanho de um selo, que fica em contato com a língua. O alpinista Erik Weihenmayer, cego há mais de 20 anos, usou o dispositivo para projetar em sua língua as imagens captadas por uma câmera localizada em sua cabeça. Em pouco tempo de uso, foi capaz de identificar objetos e apanhar uma bola em movimento. Já a americana Cheryl Schiltz usou o BrainPort para recuperar a sensação de equilíbrio. No caso dela, um aparelho localizado também na cabeça registrava todas as vezes que ela se inclinava, indicando o desnível através dos eletrodos – ao deixar a cabeça alinhada, ela sentiria uma sensação mais forte na parte central da língua. Foi o suficiente para que Cheryl andasse pela rua, subisse e descesse escadas e até mesmo carregasse uma bandeja.
A viagem através dos sentidos está apenas começando. Cada um desses novos equipamentos levam a descobertas ainda mais profundas sobre como percebemos o mundo, que por sua vez levam a tecnologias mais avançadas. Talvez um dia os cientistas cheguem à conclusão de que temos mais de 35 sentidos ou, quem sabe, a uma resposta ainda mais radical: um só. Como o que está em jogo é nada menos a forma com que lidamos com o mundo e com que sabemos que tudo existe, é possível que essas pesquisas mudem toda a nossa relação com a realidade. O que estaremos vendo e ouvindo daqui a algumas décadas? Ninguém sabe.

O Homem que Confundiu sua Mulher com um Chapéu, Oliver Sacks, Cia. das Letras, 1997

viscog.beckman.uiuc.edu/djs_lab/ - Laboratório de Cognição Visual
www.oliversacks.com - Site do neurologista Oliver Sacks


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O que é que a cabala tem? Texto Cátia Franco

 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinHbrKZNvDNqi9Gr9884Uo0UOY0ycJJdoHCpqcC6ganivKJYTnc55kqhBn9DXeJfhcnxlvi9UiX18mcBLJN6h1-hlZgtpVU9W3SAq2j7JLMoqNmJ5xP3uEXobISFpmUQ8iNbEpV5sswlMp/s400/emblema_abril.jpg


Retirado do site: http://super.abril.com.br/superarquivo/2005/conteudo_387304.shtml


O que é que a Cabala tem?

Por que pessoas de diferentes credos se renderam à mística judaica e que ensinamentos esses novos alunos estão encontrando

Texto Cátia Franco

Conta a Torá que, após ter libertado os judeus da escravidão, Moisés gozava de grande prestígio não só entre seu povo, mas também na mais alta esfera divina. Deus lhe fazia diversas aparições e, em uma das visitas, teria lhe apresentado as leis que disciplinariam a vida dos judeus. Seguindo a orientação do Senhor, Moisés compilou-as na Torá, a Bíblia dos judeus. No entanto, o que muitos não desconfiavam é que, mais do que um calhamaço de leis, a Torá guardava informações valiosíssimas. Nas entrelinhas das 613 normas descritas no livro, estavam codificados os mistérios da criação do mundo.
Milhares de anos depois das conversas entre Deus e Moisés, seu conteúdo está conquistando cada vez mais adeptos, incluindo aí gente da nata de Hollywood. A cantora Madonna, por exemplo, já cansou de dizer que a cabala mudou sua vida. "Ela ensina que seu verdadeiro potencial não tem a ver com vender discos ou ser famosa. Tem a ver com o que você faz para tornar o mundo melhor", disse a cantora ao jornal inglês The Sunday Times, em 2004. Mas o que na cabala fez Madonna perceber que sua sina não era ser uma material girl? Quais são os ensinamentos por trás dessa sabedoria milenar? E por que eles estão se tornando pop?

Origens e influências
A história de que Moisés recebeu do Senhor os ensinamentos da cabala é apenas uma das muitas versões sobre sua origem. Há quem diga que Adão foi o primeiro a ter acesso a essa sabedoria e depois a transmitiu aos homens do patriarcado hebreu (Noé, Abraão, Moisés). Outros acreditam que um anjo a teria revelado ao misterioso sacerdote Melquisedec, que a repassou a Abraão. Todas essas lendas ajudaram a obscurecer os fatos sobre a verdadeira origem desse conhecimento místico.
Alguns estudiosos – entre eles o historiador Gershom Scholem, uma das maiores autoridades no assunto no mundo – concordam que o gnosticismo, movimento esotérico-religioso surgido nos primeiros séculos da nossa era, foi um de seus pontos de partida centrais. Os gnósticos eram pessoas que se dedicavam a refletir sobre questões que sempre intrigaram a humanidade: "quem somos?", "de onde viemos?", "para onde vamos?". Os judeus simpatizantes do pensamento gnóstico se basearam nas escrituras judaicas para criar um sistema de informações e interpretações secretas sobre a origem do Universo, visando justamente responder a essas perguntas. Era o prenúncio da cabala (a palavra deriva da raiz hebraica kibel, que significa "receber", já que os ensinamentos eram recebidos oralmente).
Ao longo dos séculos, esse sistema teria sofrido influências de elementos místicos de diversas religiões e filosofias. Do hinduísmo, por exemplo, herdou a crença de que as almas reencarnam. Dos povos da Caldéia, assimilou os conhecimentos de astrologia. Dos povos babilônios, a crença em anjos e demônios. Mas, de todas as vertentes do saber ocidental e oriental, foi o neoplatonismo, doutrina filosófica criada pelo egípcio Plotino no século 3, que exerceu a maior influência sobre o sistema que seria conhecido como cabala.
Plotino acreditava que Deus está além da compreensão humana e não possui qualquer representação. Essa idéia casou perfeitamente com a tradição legalista do judaísmo, que enxerga Deus sob uma perspectiva altamente sobre-humana e nem se atreve a nomeá-lo. O rabino Laibl Wolf, em seu livro Cabala Prática, de 2003, compara a luz (entenda-se aqui "energia") de Deus a uma lâmpada de brilho tão intenso que, se acendê-la, você corre o risco de ficar cego. Para ele, mesmo cobrindo-a com um pano translúcido, ela ainda será forte a ponto de ferir suas vistas. Somente depois de colocar diversos panos é que se torna possível enxergá-la e compreendê-la. Essa metáfora explica bem a constituição do símbolo máximo do conhecimento cabalístico, a Árvore da Vida (veja na página ao lado).

Ganhando o mundo
A cabala permaneceu restrita ao círculo judaico, tratada como um saber secreto e de elite, durante centenas de anos. Seus ensinamentos só poderiam ser recebidos por aqueles que atingissem o quarto nível de interpretação da Torá. O primeiro estágio (Peshat) era moleza. Todos os judeus tinham de passar por ele e aprender as leis que disciplinam seu comportamento social, ético e religioso. O segundo (Remez) mostrava o que havia por trás do significado literal. No terceiro nível (Derush), o iniciado descobria que as informações sobre a criação do mundo estavam escondidas sob metáforas e analogias. E só então estava habilitado a entender o quarto e último nível (Sod). Todo esse preparo levava muito tempo e, por isso, o seleto grupo de iniciados costumava ser formado por homens com mais de 40 anos.
No século 13, um grupo de cabalistas espanhóis começou a se preocupar com o risco de a tradição se perder e decidiu registrá-la. A publicação do Zohar – O Livro do Esplendor (ainda hoje a obra mais importante da cabala) sinalizava, pela primeira vez, uma tentativa concreta de popularizar esse saber. Nessa época, o clima na Espanha era favorável ao florescimento da mística judaica. Apesar de boa parte da Europa estar sob o jugo da Igreja, a Península Ibérica estava sob o domínio dos árabes desde o século 8. "Muçulmanos instalados na atual Espanha conviviam bem com outras culturas e religiões", conta o professor José Alves de Freitas Neto, do Departamento de História da Unicamp. Graças a essa tolerância, a cabala encontrou um campo fértil para se difundir.
Mas ainda se passariam 300 anos para que ela começasse a se popularizar. Em 1492, a paz na Península Ibérica foi quebrada e os reis da Espanha expulsaram do país todos que não estivessem dispostos a colaborar com a consolidação de um Estado cristão (entenda-se aqui tornar-se católicos da noite para o dia). Essa nova diáspora reacendeu o risco de não somente a mística, mas toda a tradição judaica se perder com a dispersão do seu povo pelo mundo. Na tentativa de garantir a continuidade da sabedoria, os cabalistas se estabeleceram em um novo centro, na cidade de Safed, em Israel. Lá surgiu uma das figuras mais importantes da cabala moderna: Isaac Luria.
Inspirado no Zohar, Luria fez uma releitura da sabedoria místico-judaica, criando a cabala luriânica, cujos ensinamentos continuam muito atuais. Seus seguidores acreditam que algumas das descobertas da ciência no século 20 já tinham sido reveladas por Luria 400 anos antes. "Ele já afirmava, no século 16, que o Universo nasceu a partir de um único ponto de luz, que se fragmentou. Apesar da diferença de denominação – os físicos chamam esse ponto de luz de matéria ou energia – é uma explicação bastante semelhante à teoria de criação do Universo conhecida como big-bang", escreveu o rabino Yehuda Berg, do Kabbalah Centre, de Los Angeles (o centro onde Madonna estuda).
Para ele, a cabala também encontrou, antes da psicanálise, a resposta para uma das maiores indagações da humanidade: a razão do sofrimento. De acordo com a sabedoria mística judaica, a dor e a tristeza impedem que o nosso ego cresça a ponto de nem a gente conseguir se suportar. "Neste momento, você deixa de praticar atitudes que possam ajudar a melhorar o mundo e passa a ter preocupações mesquinhas, como comprar um carro mais legal do que seu vizinho", diz Berg. Pelo comentário de Madonna no começo desta reportagem, dá para ver que ela estuda bem suas lições.
Para os cabalistas, esses conhecimentos já existiam na Torá, só que codificados. Tudo o que eles fizeram foi interpretá-los da maneira certa. "Como o olho físico, que manda uma imagem invertida ao cérebro, a Torá mostra suas histórias de cabeça para baixo. Somente a cabala pode reverter a imagem e nos apresentar a verdadeira compreensão e o verdadeiro significado espiritual", escreveu Rav Berg, irmão de Yehuda, no texto "A Torá Segundo a Cabala". Uma passagem da escritura judaica, contando que Deus ordenou a morte dos habitantes da nação inimiga Amalek, seria um exemplo de como os ensinamentos precisam de decodificação. "É uma instrução controversa à luz do mandamento ‘não matarás’. A cabala explica essa contradição. O Zohar mostra que a palavra Amalek tem o mesmo valor numérico que a palavra em hebraico para incerteza", escreveu Rav Berg. Ou seja, para ele, a mensagem de Deus é para que matemos as nossas próprias incertezas.

Cabala moderna
Mesmo depois dos ensinamentos cabalísticos terem sido passados para o papel, seu estudo ainda era restrito. "Formou-se um sistema filosófico e místico tão complexo que já não se tornava necessário cuidar para que poucos o penetrassem, pois só poucos estariam mesmo capacitados para isso", diz o verbete "cabala" do Dicionário Histórico das Religiões.
Hoje já não é mais assim. Alguns cabalistas têm se esforçado em traduzir para uma linguagem bem simples os ensinamentos místicos judaicos. O irmãos Berg são expoentes dessa turma, que busca mostrar aplicações práticas dessa sabedoria para pessoas comuns enfrentarem os desafios da vida. No livro Os 72 Nomes de Deus, Yehuda Berg ensina a usar determinadas combinações de letras hebraicas, que formam os chamados 72 nomes de Deus, para nos ajudar a solucionar desde o temido mau-olhado até casos complexos como infertilidade.
Essa tradução dos ensinamentos foi um fator decisivo na popularização da cabala nas últimas décadas. Mas, para os cabalistas, ela já estava prevista. "O Zohar já dizia que ‘as portas do conhecimento se abririam’, ou seja, que a sabedoria da cabala se expandiria", diz o rabino Nathan Silberstein, de São Paulo.
Mas a cabala não foi a única sabedoria mística a se popularizar no século 21. Para Leandro Karnal, chefe do Departamento de História da Unicamp e mestre em Ciências da Religião, diversos movimentos místicos emergiram nos últimos anos como fruto da insatisfação do homem com a religião, que institucionalizou a fé. "O padre, rabino ou qualquer outro chefe de uma instituição religiosa passa a ser o intermediário entre o homem e Deus. Aquela comunicação direta descrita nas escrituras sagradas desaparece", diz ele. Em meio à debandada de fiéis, a mística tem desempenhado papel fundamental: ela aproxima o homem de Deus, de forma menos dogmática e severa.
Mas nem todo mundo vê com bons olhos a maneira como alguns pregam essa popularização. "É preciso tomar cuidado. Uma coisa é você querer que as pessoas tenham acesso à informação e ensinar a elas como fazer isso. Outra é você simplificar esse conhecimento a ponto de gerar interpretações deturpadas ou errôneas", diz o rabino Nathan.
Seja porque estava escrito, seja porque os ensinamentos foram simplificados, seja porque ela exprime "as verdadeiras aspirações psicológicas do povo" (como disse o historiador Gershom Scholem), o fato é que a cabala está crescendo. Num mundo de poucas certezas e muitas promessas de fórmulas mágicas, para algumas pessoas ela tem sido uma espécie de bússola. Confiar ou não na direção apontada é uma escolha individual.

Cada sephirah (esfera) representa um dos atributos de Deus, que devem ser aprimorados por nós durante a vida. Além de ser uma espécie de mapa para nosso desenvolvimento espiritual, a Árvore da Vida representa o caminho que Ele fez para criar o Universo (indicado pelo relâmpago brilhante). "Qualquer ser vivo, fenômeno ou mesmo manifestação da realidade, como um novo projeto ou negócio, resulta dessa mesma fórmula", explica o cabalista Nelson Real Júnior.

1. Kether (Coroa):
Gera a energia ou vontade que vai impulsionar o processo de criação. No homem, é o grande potencial que ele possui, mas ainda desconhece. Como somos frutos da criação divina, nosso objetivo deve ser percorrer os caminhos até retornar a Kether.

2. Hockmah (Sabedoria):
É considerada a usina geradora da vida. Aquela inspiração "divina", idéia genial que surge de vez em quando, é obra de Hockmah.

3. Binah (Compreensão):
É a forma de bolo: recebe o impulso criador e lhe dá um formato. Binah nos ajuda a expressar nossas idéias.

4. Hesed (Misericórdia):
Já viu algum projeto dar certo sem dedicação? Se essa sephirah não está em forma, dificilmente se concretiza um intento. No homem, é a força vital e amorosa.

5. Geburah (Justiça):
Impede o desperdício e elimina os excessos num projeto. É graças a Geburah que viabilizamos nossas criações.

6. Tiferet (Beleza):
Trata-se do talento. Tiferet nos obriga a nos autoconhecer, para melhor direcionar nosso potencial criativo.

7. Netzach (Vitória):
É a nossa intuição, a voz oculta que nos dá a direção certa. Simboliza também a realização pessoal.

8. Hod (Glória em Esplendor):
Hod controla os impulsos arrebatadores de Netzach. É o pensamento analítico e estratégico.

9. Yesod (Fundamento):
No processo de criação, é aquele toque pessoal que diferencia um projeto dos demais. No homem, constitui a força que o leva a seguir adiante.

10. Malkhult (Reino):
É onde o projeto se materializa. Aqui presenciamos a obra completa.

Zohar – Trechos Selecionados, Ariel Bension (org.), Polar, 2005
Cabala – O Caminho da Liberdade Interior, Ann Williams-Heller, Pensamento, 2004
Cabala Prática, Laibl Wolf, Maayanot, 2003

 ***

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Paulo Barros = Unidos da Tijuca = Magia !!! Parabéns !!

Wowww !!! Ganhou uma das Escolas que estava torcendo... penso que foi quase unanimidade. Apesar da Beija Flor ter sido perfeita como sempre... a Unidos da Tijuca foi além do perfeito...


Unidos da Tijuca - Samba-Enredo 2010



Desvendar esse mistério
É caso sério, quem se arrisca a procurar
O desconhecido, no tempo perdido
Aquele pergaminho milenar
São cinzas na poeira da memória
E brincam com a imaginação
Unidos da Tijuca, não é segredo eu amar você
Decifrar, isso eu não sei dizer
São coisas do meu coração

Eu quero ver esse lugar
Que o próprio tempo acabou de esquecer
Meu deus, por onde vou procurar
Será que alguém pode me responder

Quem some na multidão
Esconde a sua verdade
Imaginação, o herói jamais revela a identidade
Será o mascarado
Nesse bailado um folião?
A senha, o segredo da vida
A chave perdida é o "x" da questão
Cuidado, o que se vê pode não ser... Será?
Ao entender é melhor revelar
No sonho do meu carnaval
Pare pra pensar, vai se transformar
Ou esconder até o final?

É segredo, não conto a ninguém
Sou Tijuca, vou além
O seu olhar, vou iludir
A tentação é descobrir

retirado do site: http://vagalume.uol.com.br/unidos-da-tijuca/samba-enredo-2010.html

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Pendência Social Mundial - Dependência Química - Poder Paralelo





 



   Assisti o programa 3 a 1 na TV Brasil de Janeiro de 2010. O formato do programa mostra uma metodologia em círculo onde as informações se complementam, trazendo o conhecimento sobre o assunto com dados profissionais e vivências pessoais. Caminham com teses, sínteses e antíteses... Questões e apontando possíveis caminhos de resolução. Trouxe muitas questões, algumas as mesmas de sempre e algo talvez diferente, surpreendente e assustador...

   Mais uma vez  fica evidente que a situação é complexa, mas que os pontos de estrangulamento das soluções  apontam para as estruturas educacionais. Quanto melhor os dados são avaliados mais  evidenciam o quanto dos processos sociais são determinados por questões políticas e economicas. Sendo assim para se entender o contexto cultural e comportamental sempre será necessário um trabalho conjunto em uma hierarquia de cooperação horizontal...  Quer dizer que os Sistemas de Educação tanto institucionais quanto familiares estão a muito tempo falidas. Onde predominam o faça o que eu digo e não faça o que eu faço, e manda quem pode obedece quem tem juízo. Os profissionais de todas as áreas se condicionaram em modelos que não deram resultados favoráveis ao desenvolvimento humano social e ambiental do mundo... As formulações de questões continuaram sendo as mesmas, as explicações também... Mudaram sempre os rótulos, criaram analogias, novos termos adaptando o discurso a visão do momento. O lucro é o que importa... e não a vida. Mas vamos dizer que nos importamos, assim vendemos mais... A vida continua sendo ameaçada e destruida em todos os campos bio psico social e espiritual... As vezes dentro das regras do jogo, existem termos que ajudam a avançar, mas logo encontrasse no mesmo texto ( legislação, projetos, etc...) outros termos que contradizem o anterior, muitas vezes anulando o texto como um todo. A base de uma vida com qualidade para todos é a  Educação. E o que é Educação ? Educar é Prevenir...  Acontece que há vários Poderes Paralelos (Psicopatas) e este é realmente um problema que afeta a todos,  e diz muitas vezes é melhor que você fique quieto... É a política do Terror, da Esquizofrenização, do medo, da paranóia... e que fica de uma certa forma evidenciado nesse Programa... Para amenizar acontecem vários movimentos mostrando os vários lados como acontece na reforma psiquiatrica que teve como base a luta antimanicomial , a antipisquiatria e outros... Há algum tempo já se identifica os pontos problemáticos dessas situações. Existem movimentos de combate a tais situações, mas que é exercido pela minoria...  O que aumenta ainda mais a sensação de impotência de toda uma população mundial sobre determinados assuntos. Poucas pessoas querem se tornar heróis, pois entendem que os mesmos estão associados a darem suas vidas pela causa. Acaba acontecendo o que o Doutor Paulo Gontijo disse: Existem  muitas retóricas, mas pouca ação... Não existem programas de educação e saúde envolve tais questões. Sendo uma das vergonhas nacionais a muito tempo... Coloco novamente outra questão: Como dar conta de um serviço de qualidade, que requer multi e inter disciplinaridade na atuação? Nesse momento as instituições e as pessoas pensam que este modelo será muito caro e preferem pagar o alto preço que já estamos pagamos por vivermos em um caos social generalizado... É a famosa economia suja...

   Uma vez uma policial me disse, se não houver crimes, não há trabalho para nós... ! Se não houver pessoas doentes, não haverá demanda para a máfia de branco... E então, realmente a questão passa por uma filosofia política e econômica e que envolve todos os setores da sociedade... A sociedade se afirma como uma entidade destruidora que só sabe viver sobe a ordem do consumo compulsivo.É sabido que essa "Ordem" é incutida na grande massa através dos meios de comunicação e inclusive da Educação aí vigente... Há uma emergência, as naturezas a cada dia aumentam ainda mais o alerta...

   Não quero dizer com isso que a sociedade deve desistir de trabalhar em prol de uma humanidade do Amor. Da qualidade de vida para todos... Simplesmente e "complexadamente" são elementos que estão aí e vivem dizendo desse "não dar conta"... mas afinal de contas o que é isso ? Só existe esse caminho? A hipocrisia eterna ? Somente consiguimos dizer que não queremos, mas não conseguimos atuar em prol de uma sociedade realmente livre e com responsabilidades éticas exercidas sobre o todo?

A natureza dos reinos e do ser humano tem uma força e um potencial enorme incrivel, que sempre é deixado de lado... Estão ditos nas palavras do Rodrigo na reportagem... 

   Essa reportagem traz elementos-parametros muito importantes para já se construir políticas públicas, e as reformas tão citadas e tangenciadas... As academias já tem centenas de doutores e phds que já discutiram e continuam discutindo tais elementos há décadas e décadas e a situação ainda está aí... O que ocorre então ?  Toda uma sociedade desmoralizada ??

   Esses debates são realmente muito ricos, mas certos pontos  muito importantes ainda deixam de serem vistos, por uma maneira de ver o mundo ainda extremamente arcaica. Mas não só permeada realmente pela cultura do medo...

    Voltando a questão uma questão mais específica do programa, infelizmente quando se fala de usuário exsitem várias outras questões envolvidas... Somente a  frase Cada caso é um caso se aproxima de uma colocação mais justa, harmonica, coerente, humana para tais situações... pois infelizmente o usuário é realmente um problema de saúde, mas como foi dito não só de saúde... mas de educação, social, política,  econômica... Mas aqui parece que somente o usuário ficou como vitima, pois é doente... Aqui começamos a pensar do inicio... O que é vítima ? O que é algoz? O que é doença? Quando a vítima é só vítima ? Isto exsite? Quando ela é algoz também?  O traficante é somente algoz ou é vitima também ? Tenho a impressão que há uma denuncia gravíssima nesse programa a respetio de um  orgão governamental americano...etc... Na reportagem a alguns indicios sobre a grande responsabilidade (direitos humanos) da elite politica e economica mundial... Afinal de contas quem deve ser criminalizado, punido..? Quem são os verdadeiros algozes e vítimas dessa história? Será que as Classes dominantes  querem continuar fazendo suas experiências e usando o mundo como laboratório e a maioria dos humanos como cobaia. Ainda velarem, criando um cortina de fumaça, omitindo, criando teorias e legislações contraditórias e esquizofrenizantes para minar a força e potencial de construção saudável para o mundo?  Serão vítimas e debatedores pois querem melhorar ou explorar mais esse tipo de mercado ? Quanto tempo existiram instituições que exploram a fé e hoje o social?^É realmente muito delicado como o Rodrigo colocou, pois penso que os músicos são extremamente sensíveis as questões humanas e por isso, de forma simples conseguem sintetizar as vezes tais situações... mas mesmo assim por ser elite, e por talvez sorte ter tido uma família estruturada, não tenha visto o outro lado de tal derrocada... Todos somos vítimas, mas todos somos algozes também... E aí diante dessa visão, como ficam as argumentações? Que tipo de atitude devemos tomar? Esperar até que a guerra se instale de vez? Colocar a responsabilidade somente na mão de governantes e políticos totalmente despreparados para construirem um novo modelo de sociedade que tenha uma ação de forma Harmonica?  Diante disso mais uma vez vemos que a forma de organização social  é fragmentada, e por isso mais fragmenta do que articula, cria pontes... Onde cada um tendo uma visão somente de seu ponto de vista quer dizer que é competente naquela ponto e não procuram fazer as pontes... (é a famosa derrocada: cada um puxa a sardinha pro seu lado) Não existe essa visão integral , a interlocução entre as outras áreas, classes... Não adianta somente levar o valor de uma estrutura para outra... Por exemplo: Uma questão  a ser colocada e que tem sido colocada a algum tempo. O que é ser bem sucedido? O que é o melhor?  Uma situação que demonstra bem a inversão de valores acontece quando uma família foi estruturada como classe média baixa, assim tendo acesso a uma universidade. Chegando no momento atual do mundo não há emprego para quem é de classe média baixa formado em uma Universidade. Do outro lado assistimos um pedreiro bem organizado que construiu uma familia bem estruturada. Quando passa a tradição de ser pedreiro bem organizado, a familia continua bem... mas quando acredita que a familia de classe média baixa dos que estão na universidade estão melhor que eles e coloca os seus filhos na universidade, aí sua familia desanda.... Então não há como generalizar. A Educação é importante sim isso não temos dúvida. Mas que tipo de Educação é essa? Até algumas vezes são feitos esses questionamentos, mas os caminhos para soluções deles continuam fragmentados... Usam a Educação como mais uma mercadoria muito vendável e uma excelente marca que se agrega as instituições... Tem que se investir muito e muito mais nessa área... e tem que ser redundante... colocando a Educação como Educação Integral... bio psico social e espiritual... Hoje precisariamos muito mais do que profissionais para área de petróleo e gás, profissionais que saibam construir comunidades inteligentes... na verdade voltamos a alguns pontos básicos. Na Grécia ser político era uma das áreas básicas da Educação...pois significa saber viver em comunidade...

   Uma das bases disso é por exemplo que quando falamos de saúde... necessariamente estamos falando de Educação... e vice versa.... que está interligada a outros fatores... Enquanto a sociedade como um todo não se mobilizar para essa visão de mundo... que a vida é interdependente, em consequencia disso o conhecimento, a ação e tudo o que se faça também é. Continuaremos vivendo tempos de "Esquizofrenia" geral disfaraçado de Desenvolvimento Econômico, Evolução Tecnologica, Educação de ponta, entre mil outros nomes que as "Elites" mantem...  E inclusive muitas vezes disfarçam bem em forma de uma visão humanista e integral... É realmente muito delicado, mas por incrivel que pareça se existisse a real vontade de uma meia dúzia de poderosos bem intencionados isso mudaria... Isso talvez mostra que apesar do livre arbítrio, construiu-se uma prisão sem paredes, a inversão de valores bem maquiada de verdade....etc... Temas repetidas vezes discutida por vários filósofos, pensadores, cientistas em geral...etc... Mas apesar desse volume de material, ainda se pergunta: E aí? O que se faz com tudo isso ? Todos querem ser os grandes Donos da Verdade... Pra que?  Quais são os caminhos ?

    No meu ponto de vista, não posso dizer que saiba a verdade absoluta, mas a verdade relativa ao que vivo pra mim... Educação como sempre foi falado é fundamental... mas não adianta ter acesso somente... mas uma Reforma político e economica mundial para que assim a Educação possa cumprir seu real papel de Educar para vida pela vida com vida !!

  Agora é óbvio que quero tomar o cuidado de fazer alguns apontamentos finais. O Rodrigo falou da importância da visão do policial também... Disse que a sociedade sabe o que está acontecendo, que a permissividade está causando em muitas situações perplexidade, que muitos começam a ver se multiplicar um verdadeiro caos social ao seu lado, que por um lado querem viver um hedonismo, uma cultura do prazer, Carpe Diem...etc... ao mesmo tempo que anestesiam suas responsabilidades e etc...

   Os profissionais que já foram usuários e hoje já conseguem encarar tal fato como prejudicial tem medo de falar, pois as sociedades e organizações profissionais marginalizam tais profissionais que assumem tal condição... e em contra partida e dentro da partida muitos desses profissionais inclusive muitos famosos, respeitados, mais uma vez doutores e phds dentro de suas áreas, continuam usando, aconselhando e fazendo comercial. Isso tudo acontece nas entrelinhas, e envolvem inclusive seus próprios clientes. Vemos isso como já existe na literatura e na realidade:  o caso no Estados Unidos onde o responsável pelo combate a prostituição fazia parte da exploração da prostituição... Aqui vemos profissionais responsáveis por tais atividades dentro da saúde serem usuários e apologistas das drogas... O que demonstra  uma das reais fragilidades e dificuldades de se lidar com a situação. Assim vemos como os artistas, músicos, atores..tem um papel fundamental no trabalho de educação e saúde... pois a eles é dada essa condição sem a criminalização e marginalização profissional... Podem se colocar de maneira a terem vivido, e assim terem propriedade moral para colocar a situação com propriedade moral, ética, prática, objetiva e com suas reais causas e soluções...

   É bom lembrar que estou aqui colocando somente observações e questionamentos. Não me coloco na condição de julgamento, apesar de todos os elementos terem um juízo de valor. Não sou Maria vai com as outras... mas também não sou dono da verdade !! Simplesmente observando, pensando e escrevendo e tentando aprender a viver melhor e construir um mundo melhor !! Não quero ser nenhum herói ou salvador do mundo... muito pelo contrário... quero viver de forma simples, "anônima" e emanando Amor para todos... Cooperando com o próximo no que for possível, vivendo e agradecendo a grande oportunidade de estar vivo... e recebendo a ajuda e possibilidade necessárias para continuar aprendendo e aprendendo e aprendendo !!


   Viver de maneira simples ?: Existem várias pessoas, instituições, movimentos, teorias, práticas e idéias que ajudam muito a caminharmos nessa construção... é certo que por dados formais, estatísticos e pesquisas das instituições "legalmente" estabelecidas e representantes das verdades sociais e comportamentais... mesmo a ciência se colocando como relativa... a "Guerra" do "bem" contra o "mal" tem sido perdida. Mas nessa "guerra" existem várias batalhas. Sendo que muitas batalhas o bem tem vencido... Quem é e o que é o bem? Quem é e o que é o mal? Isso realmente existe? Não há como reduzir as questões. Elas estarão sempre interligadas... então que Rigor é necessário ? Consciência ou Inconsciência ? Humano ou Espiritual ? Biológico, Psicológico, social, linguístico, filosófico, antropológico, geográfico ? Dar conta ou não dar conta? É assim que muitas vezes ainda são colocadas as questões... Existe o meio termo ? Existem meios termos? As elites de certas instituições de Poder de conhecimento se colocam sempre dentro de seus contextos e continuam não se comunicando? Criam uma categoria, mas o profissional somente é respeitado quando tem algo que o identifica fora daquela categoria? Todas essas são Pendências Sociais Mundiais... O planeta é um só e é de todos?

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Perdidos e Achados

 foto de: http://leovivas.zip.net/images/noticia_9091.jpg


 de: http://anoitan.wordpress.com/2010/02/02/a-religiao-verdadeira/

Falando em documentos, perdidos e achados, coisas velhas que guardamos…. achei ainda essa velha e sábia histórinha, acho tem tudo a ver tb… mesmo assunto, outra abordagem. É uma espécie de fábula, com a mensagem final e tudo, só que no lugar dos animais, entram dois vasos, um rachado e outro inteiro:
Uma velha senhora chinesa possuía dois grandes vasos, cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela carregava nas costas.
Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito. Este último estava sempre cheio de água ao fim da longa caminhada do rio até casa, enquanto o rachado chegava meio vazio.
Durante muito tempo a coisa foi andando assim, com a senhora chegando a casa somente com um vaso e meio de água.
Naturalmente o vaso perfeito era muito orgulhoso do próprio resultado e o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só a metade daquilo que deveria fazer.
Depois de dois anos, refletindo sobre a amarga derrota de nunca realizar por inteiro o seu trabalho, o vaso falou com a senhora durante o caminho: “Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que eu tenho faz-me perder metade da água durante o caminho até a sua casa…”
A velhinha sorriu:
“Reparaste que lindas flores há somente do teu lado do caminho? Eu sempre soube do teu defeito e portanto plantei sementes de flores na beira da estrada do teu lado. E todos os dia, enquanto a gente voltava, tu as regou… Durante dois anos pude recolher aquelas belíssimas flores para enfeitar a mesa. Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na minha casa.”
Cada um de nós tem o seu próprio defeito. Mas é o defeito que cada um de nós tem, que faz com que nossa convivência seja interessante e gratificante.
É preciso aceitar cada um pelo que é… E descobrir o que há de bom em cada um.


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