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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Peraí de novo.... O

 ΛИĐЯє diz (00:12):
 O tempo é rei... e a vida é rainha...
ΛИĐЯє diz (00:20)
o Amor é o principe... e a fé a princesa...
ΛИĐЯє diz (00:21):
 a vontade é o carro.... e a paixão....o louco
 o sorriso é o mago... e o choro a estrela...
ΛИĐЯє diz (00:23):
 preconceito é a torre... e o vento é o mundo...
 a justiça o permanecer... a força o deixar de ser...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Pai Rico Pai Pobre = Educação Financeira



  imagens:http://escoladosucesso.files.wordpress.com/2009/09/pai-rico-pai-pobre.jpg
  http://traders.blogs.advfn.com/files/2009/01/investimento-pai-rico-pai-pobre.jpg  

Estava conversando no msn com minha amiga Mi sobre nosso encontro com os amigos de Universidade, que nós tinhamos amado e tal. Nessa conversa veio o tema sobre os investimentos que fazemos em diversas áreas da vida. Nesse momento falamos do investimento em conseguirmos marcar o encontro com os amigos, no que questionei, que talvez eu seria o que tivesse menos recursos financeiros do grupo... Colocando que a galera tem pensado em economizar muito mais que eu, talvez. Bem basicamente ligamos para os amigos e marcamos, isso é básico, pois quem já tentou marcar encontros sabe que mandar email, sms, scraps e etc somente não resolve e praticamente ninguém irá, só os mais fiéis... O amigo precisa ouvir sua voz e você precisa dizer com convicção: Vamos lá,  estou com saudade, vai ser maravilhoso, todos vão !! Sendo assim pelo menos 10% desses amigos irão com certeza...  É óbvio que os amigos que você no momento está tendo mais contato, você ligará e provavelmente 80% desses irão !! Agora, e aqueles amigos que vc ama também, mas que devido as circunstâncias normais da vida não tem tido tanto contato no momento. Como faz? Comentei com a Mi,  que telefone infelizmente hoje em dia ainda está muito caro, principalmente por ser dificil conseguir ter tempo e ligar no lugar que a pessoa tenha um telefone fixo... E nesse caso é preciso ligar, religar, confirmar, ver quem pode,  qual melhor horário para todos...etc...etc...etc... Isso leva um cidadão a falência....rs... Tudo bem até aí, uma vez por ano, vale a pena !! Pois encontrar os amigos que tanto amamos não tem preço... Isso é só um exemplo pra começarmos a pensar sobre a nossa visão de tudo...  É visível em todas as áreas que as pessoas, os profissionais pecam por falta de educação administrativa e financeira. Focam seu conhecimento em uma única área e esquecem que é basico ter visão de conjunto,  não adianta ser ótimo professor, artista, engenheiro, se não souber lidar com sua organização,  com a administração dos seus bens...  Esse conversa nos diz um pouco da importância sobre nossa visão sobre o que é prioridade, como ser solidario, como aprender a ter auto confiança...etc... Sobre Auto consciência, Educação Sustentável, Integral...Economica, Financeira ... Identidade... Um exemplo que gosto de dar é: Quando eu fazia psicologia, tinha amigos que faziam psicologia na UFRJ e lá no primeiro período era obrigatório fazer materia de Economia... mas não soube que outras universidades faziam o mesmo. Só isso já temos matéria suficiente para pensarmos !! Por que lá tem e nas outras não ?? Que visão é essa ?? Será que só os reitores dessa universidade sabem da importância que tem, o profissional saber lidar com essa área ?? O que pode estar por trás e pela frente disso ??

 Nessa breve conversa minha amiga comenta que já sei sobre o histórico e citou o livro Pai pobre Pai rico !! Já andei dando uma lida a um tempo e não me recordava sobre o que estava escrito.  Ela falou para eu ler que era muito bom. Então resolvi procurar o resumo, o supra sumo do livro que é claro faltará muita informação, mas já podemos ter uma idéia de conjunto. Procurei no google e logo no primeiro link tinha um arquivo doc... no link : http://www.vestibular1.com.br/revisao/resumo_pai_rico_pai_pobre.doc . Mas vou colocar na integra aqui esse resumo. Depois disso encontrei ela no msn novamente e comentei que é um livro que parece ser muito bom, eu me identifiquei muito, minha história e inclusive a dela também, e acho que este  livro pode ser parte da bibliografia básica dos cursos...


RESUMO DE
Pai Rico, Pai Pobre


Conta a história de Robert Kiyosaki e seu amigo Mike. Robert era filho de um professor universitário, que tem o privilégio de ter a orientação de dois pais, um rico e outro pobre.

O pai rico que chamamos é pai de seu amigo Mike, e o pai pobre é seu pai, um homem muito instruído e inteligente. Ambos homens influentes e bem sucedidos em suas carreiras, embora um sempre com dificuldades financeiras. Os dois acreditam na educação, mas com visões diferentes. Um dizia: "O amor ao dinheiro é a raiz de todo o mal" o outro "A falta de dinheiro é a raiz de todo o mal".

Um dos pais recomendava "Estude arduamente para poder trabalhar em uma boa empresa" o outro falava "Estude arduamente para comprar uma empresa".

Através dessas opiniões tão divergentes Robert teve a oportunidade de optar por qual dos pais iria dar ouvidos, sendo assim resolveu seguir os conselhos do pai rico.

Robert e seu amigo Mike estudaram em uma escola pública onde todas as crianças dessa escola eram filhos de pessoas ricas. Foi então que Robert começou a indagar seu pai, como ele poderia ficar rico, seu pai não soube lhe explicar. No dia seguinte Robert propôs a seu amigo Mike uma sociedade para ambos ficarem ricos. Infelizmente seu primeiro negócio foi um fracasso. O pai de Robert reconheceu o esforço doas meninos, foi em tão que ele aconselhou à eles que fossem pedir conselhos sobre como ficar rico com o pai de Mike "Pai rico".

Foi a partir desse momento que Robert e Mike começaram a trabalhar e estudar como o pai rico, que lhes ofereceu um emprego em uma de suas lojas.

O pai rico mostra a importância de termos objetivos e persistência, e que devemos fazer com que o dinheiro trabalhe para nós ao invés de trabalharmos para o dinheiro.

E não importa o quanto se ganha, mas sim o quanto se guarda. Para construir um grande império, um sonho devemos planejar e construir em bases sólidas. Sem construirmos sem planejarmos, assim com muitas pessoas o fazem, esse império não vai durar muito tempo.

Muitos se preocupam em ter, não em saber, para um dia ser uma pessoa rica. A diferença entre o Ativo e o Passivo é: * O Ativo coloca dinheiro no seu bolso, * O Passivo tira dinheiro do seu bolso.

O dinheiro só acentua o padrão de fluxo de caixa que está na sua mente. Se seu padrão for gastar tudo o que ganha, o mais provável é que um aumento de dinheiro disponível, apenas resulte em um aumento de despesas.

O que falta na educação não saber como ganhar dinheiro, mas como gasta-lo, o que fazer com ele depois de tê-lo ganho.

Os ricos compram ativos, os pobres só tem despesas e a classe média compra passivos, pensando que são ativos.

Para o autor os vários reais que devemos adquiri são agrupados em várias categorias:
Se tiver que trabalhar nos negócios, não é negócio;
* Ações;
* Títulos;
* Fundos Mútuos;
* Imóveis que geram renda;
* Promissória;

Compre ativos que goste, pois o que você gosta, você cuida. Nos estados unidos, os impostos que originalmente foram criados para que houvesse uma taxação sobre os mais ricos, com o passar do tempo começaram a incidir sobre a classe média e daí para baixo, penalizando assim quem os aprovou mediante votação.

Sendo assim faz-se necessário o conhecimento do sistema legal, juntamente com a contabilidade para que se possa adequar os investimentos à menor incidência de impostos. E nesse aspecto a sociedade anônima constitui uma excelente ferramenta. Pois além de proteger os ativos sob um manto de artifícios legais, faz com que os impostos incidam sobre o saldo do faturamento menos todos os gastos, enquanto que para uma pessoa física o desconto do imposto dá-se na fonte de sua renda.

Todos os indivíduos possuem uma gama de atributos para que possam tornar-se empreendedores bem sucedidos. E, por que isso não ocorre?

A principal causa á a falta de autoconfiança, pois no mundo fora dos centros de informação (escolas) são exigidas habilidades que lá não foram desenvolvidas, tais como garra, ousadia, coragem, audácia, esperteza e tenacidade, entre outras.

Por isso precisamos desenvolver nossa capacidade de avaliar e assumir riscos administrando-os em cada oportunidade que nos aparece, pois a tendência natural é a busca da segurança que geralmente não é a melhor escolha para sermos bem sucedidos em nossos empreendimentos.

Os empreendedores encontram oportunidades onde a grande maioria não as vê, assumem riscos baseando-se em conhecimentos financeiros contábeis e jurídicos capazes de tornarem estes riscos calculáveis e então entrar no "jogo" do mercado para sonhar, e se fracassarem sabem que isso faz parte da busca do sucesso e usam isso para tornarem-se mais atentos na próxima oportunidade e assim vão cumulando ativos ao longo da vida ao passo que as pessoas que não desenvolveram esta inteligência financeira passaram o tempo inteiro fazendo contas de como saldar suas dívidas, reclamando do patrão e do governo, quando na verdade o que poderia mudar sua situação financeira seria uma mudança de atitude frente às oportunidades, passando da acomodação à ação.

Robert diz que um profissional deve se preocupar em apreender, em ampliar seus conhecimentos, independente do Roma de negócios que venha escolher. Não devemos trabalhar pensando exclusivamente em um salário melhor ou em um emprego mais estável, mais duradouro, porque se nos especializarmos em uma única área ficaremos dependente deste mercado, e por tanto, vulnerável profissionalmente.

Devemos desenvolver habilidades e conhecimento gerais que nos servirão para administrar o nosso negócio. Algumas habilidades como vendas e entendimento de organização são básicas para que qualquer atividade possa ter sucesso.

Se você aprender a vender bem a sua idéia, independente de qual seja, terá sucesso. Se você aprender a administrar bem o seu negócio, na área financeira, pessoal, independente de qual seja, terá sucesso.

Quanto melhor você se comunicar, negociar a administrar mais sucesso terá. Devemos aprender que também devemos ser eternos alunos e eternos professores, que devemos dar para poder receber.

Mesmo as pessoas alfabetizadas financeiramente, podem ter problemas para sua independência financeira. Algumas razões são: Medo - Não existe nada de errado em perder dinheiro, o importante é ter a coragem de encarar o medo e o risco.
"Se você odeia risco e preocupação .... comece cedo"

Nunca encontraremos um vencedor que nunca passou por perdas e fracassos. Para os vencedores o fracasso é uma inspiração, para os perdedores uma derrota.

Se você for do tipo que não aceita perder, fique com a segurança. Se quiser enfrentar o fracasso, vá a luta, ache seu foco e encare as perdas como fonte de inspiração.

Superar o Ceticismo - Existem aquelas pessoas pessimistas que procuram a todo o momento razões para achar que algo não vai dar certo, influenciando negativamente a si e aos que o rodeiam.

Idéia com esta fazem pessimistas andarem para traz, pois escolhem ficar com a segurança, enquanto que os ricos que não dão ouvidos ao medo, encaram os desafios.

Preguiça - Preguiça não é o nome que se da para aquelas pessoas que não gostam de trabalhar. Muitos profissionais ocupados demais, muitas vezes com a desculpa de excesso de trabalho estão é fugindo de algo mais, de encarar algo novo, do desfio. Isto também chamamos de preguiça. Podemos lutar contra essa forma de preguiça, desenvolvendo dentro de nós uma ambição, positiva é claro, que nos faz parar de dizer frases como "Isso eu não posso comprar" e nos faz com que digamos "O que tenho que fazer para comprar isto?"

Maus Hábitos - Nossa vida é um reflexo de nossos hábitos de nossa educação. O empresário dito como correto sempre paga primeiro suas obrigações e depois se sobrar paga a si próprio.

Se pagarmos a nós em primeiro lugar, teremos que trabalhar mais, pois nossas obrigações somos obrigados a pagar, com isso, teremos criado uma nova fonte de motivação. Arrogância é ego mais ignorância - O que sei, me faz ganhar dinheiro, o que não sei me faz perder. Muitas pessoas usam a arrogância para disfarçar sua ignorância sobre determinado assunto. Quando você for ignorante sobre determinado assunto não se acomode, não se envergonhe, busque algo ou alguém que lhe de este conhecimento.

Em cada um de nós reside um gênio financeiro, para algumas pessoas este gênio está adormecido, pois nossa cultura nos ensina que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Nossa cultura nos ensina a trabalhar pelo dinheiro e não o dinheiro a trabalhar para nós, nos ensina a não nos preocupar com o futuro financeiro. Devemos definir os "não quero" e os "quero" na vida, ou seja, não quero perder dinheiro, não quero trabalhar a vida inteira, não quero ser empregado, os "não quero", eles criam os "quero", exemplo, quero ser livre para viajar por todo o mundo e viver o estilo de vida que gosto, quero controlar meu tempo e minha vida.

Acredite que você é capaz, vá atrás de seus sonhos, realize-os. Para tanto, segundo o autor existem 10 passos importantíssimos para se seguir: 1° - Encontrar razão maior que a realidade, tenha um objetivo, algo motivador, escolha o que você quer!

Pessoas arrogantes e críticas são muitas vezes, pessoas com baixa auto-estima, que têm medo de assumir riscos. 2° O poder da escolha, você escolhe as opções que colocam você mais próximo de seus objetivos.

3° Escolha seus amigos, não somente por sua situação financeira, mas sim, pelo que essa pessoa possa lhe transmitir de ensinamentos e conhecimentos, bons ou ruins, bons para que você possa fazer o mesmo e ruins para que você nunca faça.

4°Domine uma fórmula de fazer algo cada vez melhor e mais rápido, isto serve também para ganhar dinheiro.

5°Autodisciplina, ou seja, pague primeiro a si mesmo, mesmo sem dinheiro, pague a si mesmo primeiro, porque a partir daí você usará a cobrança de seus credores como motivação e determinação para conseguir o quer.

6°Pague bem as pessoas que trabalham para você, principalmente aquelas que lhe ajudam a ganhar dinheiro.

7°Sempre que emprestar, solicite de volta, sempre observe o retorno sobre o investimento: são os ativos que você obtém de graça depois que você recebe seu dinheiro de volta. Isso é inteligência financeira.

8°Ativos compram supérfluos, ou seja, concentre-se em como ganhar dinheiro fazendo o dinheiro trabalhar por você, coloque seu desejo de consumir para motivar seu gênio financeiro a investir.

9°A necessidade de heróis, temos a necessidade de nos espelhar em alguém positivo, pessoas bem sucedidas como exemplo, porque se eles conseguiram nós também conseguiremos.

10°Doe antes de receber, sempre que puder doe algo a alguém principalmente conhecimento. Isto é uma ação, e toda a ação tem uma reação.

Há muita gente que quer fazer, em lugar de pensar, e há gente que pensa mas não faz. As duas formas juntas são ótimas, devemos adorar idéias e adorar agir. Pare de fazer o que não funciona e procure algo novo para fazer. Não desista de uma idéia antes de tentar, compre livros, faça cursos, busque novas idéias, converse com alguém que já tenha feito o que você quer fazer, peça dicas.

Quando estiver comprando faça ofertas mínimas, sem a vergonha e o medo, e quando estiver vendendo sempre peça o máximo possível. Quando algo envolve dinheiro seja profissional, esperto, queira só ganhar.

Pessoas que pensam pequeno não conseguem grandes oportunidades, comece pensando grande e termine pensando maior ainda.

Você precisa agir antes de poder receber recompensas financeiras. Aja agora!


Pai Rico Pai Pobre

Pai Rico, Pai Pobre conta à história do norte-americano Robert Kiyosaki. Ele conseguiu ser um investidor de sucesso e conquistar a independência financeira. A alfabetização financeira de Robert começou aos nove anos, com lições do pai de um amigo, a quem o autor passou a chamar de "Pai Rico". Foi dele que Robert recebeu as primeiras noções sobre o valor do dinheiro. Conselhos bem diferentes dos dados por seu verdadeiro pai, a quem chama de "Pai Pobre".

O objetivo deste livro é o de partilhar percepções quanto à maneira como uma maior inteligência financeira pode ser empregada para resolver muitos dos problemas comuns da vida. Sem treinamento financeiro, freqüentemente recorremos a fórmulas padronizadas para levar a vida, como trabalhar com afinco, poupar, fazer empréstimos e pagar impostos demais.

Segundo o autor, cada indivíduo tem o poder de determinar o destino do dinheiro que chega às mãos. A escolha é de cada um. A cada dia, a cada nota, decidimos ser rico, pobre ou classe média. Dividir este conhecimento com os filhos é a melhor maneira de prepará-los para o mundo que os aguarda. Ninguém mais o fará.

No livro há comparações entre o pai rico e o pai pobre, tendo como principal diferença a Inteligência financeira. Uma combinação de várias habilidades e talentos, que necessitam também de sólidos conhecimentos em quatro grandes áreas: Contabilidade (capacidade de ler e entender demonstrações financeiras, permitindo identificar os pontos fortes e fracos de qualquer negócio), investimento, conhecimento da lei (como utilizar vantagens tributárias) e entendimento dos mercados.

Segundo o autor, a educação formal não prepara as crianças para a vida real, e boas notas e formação não bastam para garantir o sucesso de alguém. A diferença está entre ter o controle do próprio destino ou não. O livro traz lições para controlar o destino e tornar-se bem-sucedido.

Colaboração de Daiana Lombardo
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quinta-feira, 6 de maio de 2010

PUPPY LINUX & +

 

 

 

Micro antigo? Feche as janelas e use o Puppy

Marcos Elias Picão

O Puppy é uma distribuição especialmente otimizada para ocupar poucos recursos do PC. Ele roda bem em computadores com 128 MB de RAM (ou menos), vem com diversos programas básicos, tem menos de 100 MB e de quebra permite ler e gravar em partições NTFS.

A diversidade de informação e idéias... Eis um mundo livre: bem vindo ao mundo Linux. O Roberto comentou comigo "puxando minhas orelhas" e defendendo o Linux, sobre um texto que publiquei esses dias num dos meus sites, recomendando o Windows NT 4.0 para micros antigos (veja o texto em http://janelasepinguins.blogspot.com/2007/05/micro-antigo-use-o-windows-nt-40-e.html). Logo no começo eu falei que o Linux estava descartado, pois a maioria das distribuições atuais rodam bem só com 256 MB de memória RAM ou mais (um pouco menos, um pouco mais, dependendo da distribuição, dos recursos incluídos, etc).
E as distribuições antigas normalmente são mais difíceis de instalar e configurar, são menos compatíveis com programas recentes, etc. Então ele (o Roberto) me falou do Puppy Linux, uma distribuição especialmente otimizada para ocupar poucos recursos do PC. Não é uma distro antiga, e mantém seu desenvolvimento muito ativo. Roda bem em computadores com 128 MB de RAM, por exemplo (eu testei com 64 MB numa máquina virtual; mas sinceramente, com 64 MB de RAM e também 128, o Windows NT ganhou em desempenho; mas com 128, o Puppy é satisfatoriamente utilizável, mesmo rodando do CD!).
Esse Linux, que seria um "Totó Linux" ("puppy", "totó", uma forma diminutiva e normalmente carinhosa de se referir a cachorrinhos), rodou do CD muito mais rápido do que qualquer outro sistema operacional (com recursos gráficos) que já passou pelo meu PC: um bom e velho Pentium II 266 MHz, com 288 MB de RAM e 128 MB de vídeo. O ISO dele tem cerca de 80 a 90 MB apenas, talvez algumas versões passem um pouco de 100 MB. Vem com diversos programas básicos, eu não explorei tanto a instalação de novos, mas juro que me apaixonei de primeira!
Certamente será meu sistema preferido quando o HD abrir o bico, pois eu posso abrir e salvar coisas no pen drive, além de servir como ótima ferramenta para diagnosticar ou recuperar dados em micros alheios, de clientes, que muitas vezes não conseguem rodar com tranquilidade sistemas como o Kurumin ou Ubuntu live, entre outros.
Baixe em:
e grave a imagem ISO em CD, usando a opção "Gravar imagem" do seu programa de gravação. Se preferir, use diretamente o ISO e rode-o numa máquina virtual. Mesmo se você usa o Windows, é uma boa para iniciar no Linux, com o Puppy. Você pode inclusive aproveitar e rodá-lo no VMware Server, que agora é gratuito :)
Veja algumas imagens de tela:
Veja algumas imagens de tela:
desktop
Este desktop contém pequenas modificações, foi uma remasterização que testei
seamonkeyNavegador padrão: SeaMonkey, um Mozilla leve; vem também com o Dillo
pdfReconhece a revista? pois bem, vem pronto para PDFs, com o GSview
O visual a primeira vista parece ser feinho, perto do Windows XP, das versões recentes do Gnome e do KDE, etc. Mas o sistema é muito ágil e rápido, mesmo rodando do CD, o que pode compensar isso.
Ele inclui o Abiword, um processador de textos que abre boa parte dos arquivos ".doc" do Word, mas a compatibilidade é menor do que seria com o OpenOffice (especialmente em páginas da web, imagens e tabelas). Me surpreendeu o tempo de abertura do Abiword, praticamente instantâneo; a versão para Windows geralmente demora mais para abrir no meu computador do que o MS Word 2007! Continuando falando do Puppy, o navegador é muito bom, o SeaMonkey, baseado no Mozilla (salve Firefox!). Inclui também o Dillo, um navegador leve.
Para capturar imagens de tela, senti falta da tecla Print Screen, e mais, do KSnapshot. Mas ele inclui o atalho para o mtPaint snapshot, no menu "Graphic". Ao clicar nele, ele lhe dá alguns segundos. Exiba na tela o que você quer, espere até que ele capture a imagem (cerca de 10 segundos após chamá-lo, para dar tempo de você navegar nos menus, se necessário), e então ele abre uma tela do mtPaint.
Para editar arquivos de texto puro, use o Geany, ou o atalho "Edit" da área de trabalho. Em termos de multimídia não tenho nada a elogiar, pois um caractere que eu teclava no Geany fazia a música em mp3 parar, e só voltava ao terminar de digitar. Clicar com o mouse nas outras janelas, então... Imagino que isso não aconteça com computadores mais recentes. Posso estar errado, mas pelo que vi, não traz suporte a WMV e WMA por padrão (tentei abrir um vídeo WMV e acusou falta de codec, não tentei um mpeg porque não tinha nenhum aqui por perto). Use Alt + 1 e Alt + 2 para alternar entre duas áreas de trabalho virtuais (sim, mesmo sendo um sistema leve, ele já vem preparado com dois desktops virtuais!).
Explore os outros menus por você mesmo, o sistema tem menos de 100 MB mas tem bastante programas incluídos, inclusive há uma documentação muito boa (em inglês). Rodei ele com 288 MB de RAM no meu micro, não é tão "pouca memória", mas... No VMware, rodando com 128 MB, o desempenho foi inacreditavelmente rápido, também! Se foi rápido na máquina virtual com 128 MB, num PC real com 128 MB então ele dá um show. Só ficou perdendo um pouco devido o driver VESA, genérico para vídeo, já que usando o X.org "normal" não abria o vídeo no VMware (mas ele inclui diversos drivers para PCs reais, fora da VM).
Ah, de quebra, o Puppy Linux permite ler e gravar em partições NTFS! (usando o NTFS-3g). Mas por padrão roda do CD, com todas as partições desmontadas, sem alterar nada no HD. Ao desligar, ele oferece opções para salvar os arquivos (o "home", basicamente, e as configurações, ícones, papel de parede...) num arquivo, e durante a inicialização (nos próximos boots do CD) ele checa por esse arquivo automaticamente para carregar as opções a partir dele (sem precisar passar nada como parâmetro (cheatcode), como é necessário com o Kurumin). O arquivo pode ser salvo em pen drives ou em partições no HD, mesmo em partições NTFS; pode até mesmo ser adicionado em multi-sessões, no CD do Puppy, usando o próprio para gravar o CD! (Já que o sistema ocupa menos de 100 MB, restam mais de 600 MB livres no CD). E ainda cria uma espécie de disco virtual, ao salvar dessa forma, onde são salvos os seus arquivos. Ele exibe o espaço livre na barra de tarefas:
espaco-livre
Quando está usando apenas a memória RAM, ele cria um disco virtual na RAM e então exibe a quantidade de espaço livre da memória, livre para salvar coisas, e ser usado como disco. Se você gravar o arquivo de configurações no HD ou pen drive, o espaço indicado na barra de tarefas nas próximas inicializações do CD será o espaço livre desse arquivo, desse "disco virtual", e não mais da memória livre. Se ele ficar piscando em vermelho, a situação está crítica. A idéia é então reiniciar (escolhendo "Reboot", no menu "Shutdown"), e ele perguntará se você quer criar um arquivo (onde serão salvas as configurações e o "home" do root). Crie o arquivo e reinicie o computador, assim nas próximas inicializações você terá mais espaço para trabalhar, além de deixar mais memória livre para rodar os programas normalmente.
Não sei sobre a estabilidade dele com NTFS, não vou ficar brincando muito por ter arquivos sérios no HD que não posso perder, mas deve ser muito confiável, por usar o NTFS-3g (o mesmo recurso incluído no Kurumin 7). Particularmente, amei o MUT (Media Utility Tool), presente no menu "Filesystem", que permite montar e desmontar as partições detectadas num piscar de olhos:
mut
Clicando no "rox" abre-se a partição no gerenciador de arquivos. Ainda vem com utilitários para ver graficamente o espaço livre nos discos (incluindo os ramdisks), e inclui o Gparted. Isso pode ser utilíssimo, para quem ainda usa aqueles disquetes de boot do Windows 9x/Me, nada melhor do que usar um particionador gráfico, e muito mais atualizado. Uma saída que eu usava para reparticionar ou limpar HDs (não necessariamente formatar) era usar o particionador da instalação do Windows 2000/XP/2003, e então logo ao terminar de formatar eu resetava o micro (por preguiça de esperar um sistema mais completo iniciar completamente, como o Kurumin, por exemplo, além de ter de ficar configurando o mouse serial a cada inicialização). Agora, com o Puppy, fica bem rapidinho e fácil.
O "Totó" Linux é extremamente ágil e funcional, cumpre bem o que promete. Se você quer um Windows leve, fique com o NT 4.0, que é apenas instalável (ou com o Windows que roda do CD, gerado através do BartPE: http://www.guiadohardware.net/artigos/windows-roda-cd). Se quer um Linux leve, use o Puppy!
Dica: ele já vem logado como root. Para alterar a senha de root, ou seja, definir uma nova, digite passwd num shell (o "prompt de comando" do Linux).
A remasterização também é muito fácil, com os assistentes do Puppy. Em menos de meia hora fiz uma básica, trocando o papel de parede e a página inicial do navegador. Com isso você que presta manutenção pode fazer uma média ao chegar na casa dos clientes e rodar o Linux com o papel de parede da empresa, ou a foto da sua namorada ;) A remasterização dele é extremamente simples, basicamente basta personalizar o sistema, instalando o que quiser e configurando as coisas, como o papel de parede, opções dos programas, editar os arquivos das pastas do sistema ou adicionar novos, etc. Depois disso, a remasterização é praticamente automática, dando a opção de gerar um ISO ou gravar diretamente no CD/DVD.
A detecção do hardware não é prejudicada, ou seja, o CD remasterizado funcionará perfeitamente em outros computadores, detectando o hardware a cada inicialização. Mas há também a opção de deixar pré-configurado com seus drivers e configurações atuais, o que pode ser útil se você pretende instalar o sistema em várias máquinas iguais. E depois de remasterizado, você pode usar o seu próprio CD para gerar um novo, acumulando todas as alterações. É interessante também que ele permite criar multi-sessões, permitindo adicionar novos dados no CD depois, fora da imagem do sistema. Sendo um sistema que ocupa pouco espaço, se você não for tão iniciante no Linux, pode se aventurar a instalar mais programas, até preencher o CD, para ter um sistema bem completo.
Quem tem mouse PS/2 ou USB, não leia este parágrafo. Reclamações? Sim! Meu mouse!!! 'Mardito' mouse serial, o Linux parece ter ódio de mouses seriais. Outro dia abri o computador para limpeza, como faço de vez em quando. Na hora de montar, conectei o mouse na porta COM2, sem querer. O Windows ao ser iniciado reconhece e usa o mouse normalmente. Mas não espere isso do Linux (pelo menos, da maioria). Que desespero. Ao voltar para a porta COM1, funcionou normalmente (no Kurumin, diversas versões, no Mandrake 10.1 e em outros). (Bastaria editar manualmente o arquivo de configuração do X, alterando a porta, mas o Windows detecta as mudanças automaticamente; ponto pras janelas). O Puppy agiu como todos os Linuxes que rodei no meu PC. Todos não, peraí... O Kurumin reconheceu meu mouse serial com roda, mas não um antigo serial sem roda que eu tinha. Apesar de ter reconhecido o mouse automaticamente, a roda não funcionava, devendo ser configurada manualmente. Isso é um pé no saco, os amadores de Linux que me perdôem, mas é irritante, especialmente para iniciantes. No caso do Puppy, o conhecimento adquirido com as muitas dores de cabeças com distribuições anteriores, ajudou para que eu não me batesse tanto. De imediato o mouse serial não funcionou :( como já era esperado, mas nem me decepcionei. Ao rodar um Linux que nunca usei do CD, eu me preparo psicologicamente para o pior, para não quebrar o CD nem sair xingando a mãe do desenvolvedor. Mas no caso do Totozinho, pelo menu "Menu > Setup > Mouse/Keyboard Wizard" foi fácil fazer os ajustes, depois bastando reiniciar o X (até para isso existe um menu, em "Menu > Shutdown > Restart X Server").
Está de parabéns o Barry Culer, desenvolvedor oficial do projeto Puppy Linux. Mas eu só pude chegar até lá com atalhos de teclado, usando as setas de direção e a tecla TAB. No começo foi um sufoco, morri de raiva do Kurumin (na época do 4.0) ao ver a linda tela dele sem poder tocar em nada na primeira vez que o rodei, justamente por não ter detectado o mouse. E fiquei semanas e semanas tentando combinações de atalho, até poder abrir o menu correspondente ao "Iniciar". Depois, 'moh' sufoco até encontrar a configuração do mouse... Eu cheguei a dizer a meio mundo que odiava Linux. E não era para menos! Ele não é um sistema para qualquer um, a pessoa precisa ter mínimas noções de hardware e ler alguma coisa sobre o sistema, senão, pode se bater legal. Este parágrafo tem um toque muito pessoal, mas todo mundo que se bateu um dia com o mouse serial no Linux sabe bem do que estou falando.
No menu "Setup" há diversos assistentes, facilmente acessíveis, mesmo usando apenas o teclado (tab, espaço, enter e as setas de direção). Se você for um dos sem sorte, onde o mouse não for detectado, tecle Alt + F1, para abrir o menu principal (correspondente ao "Iniciar"), e usando o teclado você se vira, bastando depois reiniciar o X (dica: use o item "Restart X Server", do menu "Shutdown"). Veja a configuração do mouse, passando pelo configurador central:
config
mouse
Vale a pena ter o live-CD do Puppy na malinha de ferramentas, especialmente quem tem amigos que volta e meia chamam para solucionar problemas nos seus computadores, e/ou mesmo quem presta manutenção. Até conhecer o Puppy, eu não via possibilidade de rodar "confortavelmente" um Linux em micros com 128 MB, acessar a Internet, salvar arquivos, ver fotos, etc.


Marcos Elias Picão é produtor do Explorando e Aprendendo (http://www.explorando.cjb.net), um blog de informática que traz toda semana dicas de Windows, programas, sites, configurações e otimizações, para todos os níveis. Iniciou sua vida digital em 2001, e aos poucos foi evoluindo, para frente e para trás, avançando nas novidades do mercado e, ao mesmo tempo, voltando ao passado para conhecer as "Janelas" antigas, de vidro a vidro.
Mexe livremente com programação em Delphi, e mantém sites com dicas e tutoriais, além dos seus programas para Windows.

retirado de: http://www.guiadohardware.net/artigos/puppy/

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Linux is a free operating system, and Puppy Linux is a special build of Linux meant to make computing easy and fast.
Want a quick start? Go read the manual. Or jump to Overview p.2
Puppy Linux also enables you to save money while doing more work, even allowing you to do magic by recovering data from destroyed PCs or by removing malware from Windows.
With Puppy Linux, you can carry your programs and data anywhere.
  • Easy - Just use a CD or USB flash to boot a PC. Puppy Linux is downloadable as ISO, an image that can be burned to CD or DVD.
  • Fast - Because Puppy is small, it can live in your PC's memory and be ready to quickly execute your commands, whereas in other systems, programs are first read from drive storage before being executed.
  • Save Money - Even if your PC has no hard disk (ex, broken hard disk), you can still boot Puppy via CD or USB and continue working. Old PCs that no longer work with new systems will still work good-as-new with Puppy.
  • Do More - Puppy boots in less than a minute, even in old PCs, and it does not require antivirus software. Administering Puppy is quick and minimal. With Puppy, you just have to take care of your data, which you can easily save to USB flash (Then forget about your operating system!). Your data can be read by other computers.
  • Do Magic -Help your friends suffering from computer malware by booting Puppy and removing malware from their PC (use antivirus that is built-in or can be installed in Puppy). Example - bad Autorun.inf is easily removed by Puppy (Just delete it as well as its companion exe program). If your friend thinks that she has lost data from her corrupted hard disk, boot Puppy and try saving her data!
  • Carry Anywhere (Portable) - Because Puppy is able to live in CD/DVD or USB flash, as well as save data to these same devices, you can carry your programs and data with you.
Are you now ready for Puppy? Keep these important reminders before using Puppy:
  • You don't have to install Puppy (to hard disk) to use it. Simply burn the ISO to CD/DVD and boot the PC or laptop with it. Once booted, you can then install it to USB flash (see the Setup menu), so you can use it for booting the PC when a CD is not available.
  • You don't have to save data to hard drive to work with Puppy. You can save data to USB flash or even to Internet storage (like www.drop.io ). When installed to USB flash, Puppy consumes only a little over 100 MB, or about 256 MB with OpenOffice. You can use the same USB flash (where Puppy is installed) for saving data. 
fonte: http://puppylinux.org/

Mais informações:

  No mínimo vale a pena conferir é um sistema operacional que pode ser usado tanto como a primeira opção quanto como a segunda... Nas duas terás um sistema operacional que lhe apresenta um Universo novo e interessante. Até na Microsoft eles usam o Unix a base... vejam esses sites e links:



quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Sinto Muito (Texto Bárbara Axt)

foto serie fringe
fox.com/fringe
 
Texto retirado do site: http://super.abril.com.br/superarquivo/2005/conteudo_387306.shtml

Sinto muito

Olhe, escute, toque, trema, fique tonto - e muito mais. Os sentidos são a única forma que temos para saber que nós e o mundo existimos. E tudo o que sabemos sobre eles está mudando

Bárbara Axt

Tente descrever qual é a graça de andar em uma montanha russa usando só os 5 sentidos. Enquanto você coça a cabeça para descobrir se a vertigem e o frio na barriga se encaixam no tato, na visão, no olfato, na audição ou no paladar, aproveite para pensar em outra coisa: como você sabe que seu braço está de fato coçando a sua cabeça, se não consegue vê-lo? Se quiser mais desafios, olhe de novo a página anterior e responda: por que a imagem de um prego no olho traz uma sensação de dor? Por que alguns padrões de cor e de formas dão a ilusão de vibrar? Por que ver uma mulher beijando um rato embrulha o estômago? Aliás, qual dos 5 sentidos lhe diz que você teve um embrulho no estômago?
Não fique tonto com essas questões (até porque a tontura é outra sensação que não dá para explicar só com audição, visão, tato, olfato e paladar). Como você já deve desconfiar pelas perguntas acima, os nossos sentidos são muito mais complexos do que sempre nos disseram. A idéia de que temos apenas 5 formas de perceber o mundo foi formulada pelo filósofo grego Aristóteles no século 4 a.C. e, de forma um tanto impressionante, permanece popular até hoje. A ciência, no entanto, já percebeu que os nossos sentidos passam de 20 e são bastante maleáveis, complexos e interessantes. Quando começaram a estudar as portas da percepção, coisas incríveis aconteceram: pessoas passaram a enxergar pela língua ou pelo ouvido, pintar coisas que nunca viram, sentir o tato só pela visão. É a nova ciência dos sentidos – e ela pode mudar tudo o que sabemos sobre a realidade à nossa volta.

Vendo tudo
Quantas formas de perceber o mundo nós temos? Não é uma pergunta fácil, principalmente porque, para respondê-la, precisamos antes saber de que mundo estamos falando. É que, nesse caso, existem dois: o externo e o interno. Os 5 sentidos tradicionais são específicos para observar o que acontece fora de nós. Além deles, existem aqueles que servem para percebermos nós mesmos e a relação do nosso corpo com o espaço. Mesmo de olhos fechados, você sabe que tem pés, braços, cabeça, um corpo inteiro, certo? O sentido encarregado de informar o que faz parte do nosso corpo é a propriocepção. O neurologista inglês Oliver Sacks, no livro O Homem que Confundiu sua Mulher com um Chapéu, cita o caso real de Christina, que, aos 27 anos, perdeu a propriocepção depois de receber antibióticos. De uma hora para outra, ficou incapaz de sentir o próprio corpo e precisou aprender a se virar usando outros sentidos, como a visão e a audição. Precisava ver as pernas ou as mãos para andar ou pegar um objeto. Falar se tornou muito difícil – é graças à propriocepção que sentimos a posição da boca.
Comece a viajar nesse mundo interno e vão pipocar sentidos que nos informam situações como o equilíbrio, a pressão sanguínea, a sede ou a fome. Um exemplo é a cinestesia, que nos diz quando cada parte do corpo se move. Só que alguns cientistas acreditam que, mesmo somando todos esses sentidos, ainda não temos o retrato completo. Quem sabe se cada um desses não é um agrupamento simplista de muitas formas de percepção? Afinal, sentir um toque gelado é diferente de sentir um toque com pressão. E enxergar formas é diferente de enxergar cores – o que é comprovado pelo fato de que é possível ficar cego apenas para as cores, como bem sabem os daltônicos. Será correto agrupar no nome "visão" a percepção das formas, dos vermelhos, dos verdes e dos azuis? Ou deveríamos falar de pelo menos 4 sentidos? Não existe ainda entre os cientistas um consenso sobre o que deve ou não ser considerado um sentido isolado. As diferentes respostas a essas perguntas podem fazer o nosso número total de sentidos oscilar entre 10 e 33 (veja tabela à direita). Sentiu o problema? Pois ele é só o começo.

Fazendo sentido
Os sentidos são como uma gangue: além de serem muitos, agem sempre em grupo. E basta acionar um para que todos respondam. Segundo Alvaro Pascual-Leone, neurologista da Universidade Harvard, em Massachusetts, EUA, nosso cérebro está sempre usando todas as percepções para criar um cenário mental da situação. É o que se chama de "mãos da mente": ao olhar para um abacaxi, você sente a textura espinhenta da fruta, enquanto mentalmente é capaz de sentir seu cheiro e o sabor doce e ácido.
Por que isso acontece? Antes de mais nada, é importante entender que sensação e percepção são processos complementares, mas diferentes. A sensação é a parte passiva da coisa, quando simplesmente recebemos um estímulo. É quando as ondas sonoras atingem o aparelho auditivo, fazem o tímpano vibrar e, na forma de impulsos elétricos, são levadas pelo nervo auditivo até o cérebro. A partir daí, entra em cena a percepção, que assimila, decodifica e processa esses dados.
As nossas sensações estão sempre funcionando, mas nossa percepção varia bastante. Ela pode ser temporariamente desativada: como qualquer um que tenha assistido a uma aula chata pode dizer, é possível escutar palavras sem ouvir nada. Por outro lado, é só andar em uma rua deserta para perceber como ficamos mais perceptivos a barulhos e sombras. O desligamento é seletivo: quando queremos conversar com alguém em uma festa barulhenta, precisamos ignorar todas as conversas paralelas, mas basta mencionarem nosso nome para voltarmos a atenção a outra conversa. Na Universidade Harvard, os psicólogos Daniel Simons e Christopher Chabris pediram que voluntários contassem o número de passes dados em um jogo de basquete, o que fez com que muitos não percebessem uma pessoa vestida de gorila atravessando a quadra. (Preste atenção: alguém pode estar chamando o seu nome enquanto você lê esta matéria.)
É possível ter problemas na percepção – um mal neurológico conhecido como agnosia que impede o reconhecimento de qualquer imagem, cheiro ou som. Existem relatos de pessoas incapazes de diferenciar um círculo de um quadrado, apesar de enxergar bem as duas formas. Oliver Sacks cita o caso de um professor de música com um processo degenerativo nas partes visuais do seu cérebro que foi aos poucos perdendo a capacidade de enxergar o todo de uma imagem. Identificava apenas os detalhes ou os movimentos. A confusão chegou a tal ponto que ele não conseguia mais entender uma rosa, apesar de descrevê-la com riqueza de detalhes. Durante uma consulta médica, confundiu seu pé com o sapato e, depois, pegou a cabeça de sua mulher para colocá-la na sua própria cabeça, literalmente confundindo-a com um chapéu.
Mais impressionantes ainda são os casos em que a sensação não acontece, mas a percepção sim. Nosso cérebro é capaz de sentir texturas através da visão (olhe para um cachorro fofinho, por exemplo) ou formar imagens através do tato. O pintor turco Esref Armagan é cego de nascença e seus olhos não detectam nenhum tipo de luz, mas mesmo assim ele é capaz de pintar imagens complexas, como paisagens ou peixes, respeitando as regras da perspectiva. Ele retrata até mesmo objetos distantes, como montanhas e nuvens. Como consegue?
Em primeiro lugar, ele conhece os objetos através do tato e pelas explicações de pessoas que enxergam. Para saber o que está pintando, ele usa uma tinta com textura que lhe permite sentir os próprios traços. Mas o segredo mesmo está na cabeça de Armagan. O córtex visual (área responsável por processar a visão) de uma pessoa funciona mesmo sem estímulos visuais objetivos. Por exemplo, ao fechar os olhos e imaginar uma cena, seu cérebro vai ativar a área relacionada às imagens, mesmo que em uma intensidade mais baixa. O mesmo acontece com o cérebro de Armagan: atividade leve quando ele imagina alguma imagem e bem mais alta quando está desenhando ou pintando. Nessas horas, sua atividade no córtex visual é praticamente igual à de alguém que enxerga perfeitamente. Usando informações da memória, tato, descrição, localização espacial e outros sentidos, ele consegue formar uma imagem parecida com a que temos ao enxergar.
Definir a visão parecia ser uma tarefa simples, mas se torna um pouco mais complicado agora: um indivíduo com agnosia é capaz de reagir à luz, mas não vê certos objetos. Armagan não reage à luz, mas usa relatos para "enxergar" a ponto de pintar melhor do que muita gente com a visão perfeita. Casos como o dele reforçam a teoria de que a percepção das coisas não depende exatamente do caminho pelo qual o estímulo chega. Ou seja, seu cérebro consegue ver de várias formas – os olhos são apenas o caminho mais tradicional.

Olhando pela língua
Em uma pesquisa na Inglaterra, tudo o que voluntários precisavam fazer era colocar o braço debaixo de uma mesa. Por cima, ficava um braço de borracha, usado em shows de mágica. Os braços real e falso eram tocados pelos mesmos objetos, ao mesmo tempo. Foram precisos apenas 11 segundos para que eles começassem a considerar como sua a mão que estava visível, o que ficou provado pelo monitoramento da atividade cerebral e porque, no final da experiência, vários apontaram a mão de borracha como sendo a real. Já o neurologista Alvaro Pascual-Leone, de Harvard, foi mais longe: fez pessoas com a visão perfeita passarem 5 dias com óculos que bloqueavam toda a luz. Durante esse período, eles relataram um aumento nos outros sentidos e também algumas alucinações visuais. Além disso, estímulos táteis ou auditivos tornaram-se capazes de ativar o córtex visual do cérebro. Todos esses sintomas desapareceram menos de 24 horas depois que os voluntários retiraram os óculos.
As duas experiências mostram que os nossos sentidos são muito mais flexíveis e adaptáveis do que se acreditava. Por estarem todos interligados, é só limitar um pouco um deles para que outros tentem compensar a deficiência. Na primeira experiência, a visão interagiu – e acabou substituindo – a propriocepção. E, na segunda, Pascual-Leone acredita que o córtex visual dos voluntários começou a se adaptar para funcionar com estímulos não-visuais. Nos dois casos, o que interessava ao cérebro era a informação disponível. Com os dados que tinha, ele tentava montar uma imagem mental.
Descobertas como essas abriram caminho para encontrar formas de compensar deficiências como cegueira e surdez. Um dos resultados mais promissores é o vOICe, um dispositivo criado pelo inventor holandês Peter Meijer para fazer pessoas enxergarem por meio de música. Ele usa um padrão de sons para descrever imagens captadas por uma câmera, que pode ser acoplada aos óculos de um deficiente visual. Agudos indicam um objeto em posição elevada, como uma prateleira, enquanto sons mais graves indicam algo perto do chão. O volume está relacionado à luminosidade: quando mais alto o som, mais claro o objeto. A ausência de luz é representada pelo silêncio. Pode parecer estranho, mas com algum tempo de uso o sistema pode guiar uma pessoa por um ambiente.
Algo parecido pode ser feito com o paladar. O BrainPort, da Universidade de Wisconsin, EUA, é formado por 144 eletrodos dispostos em um quadrado do tamanho de um selo, que fica em contato com a língua. O alpinista Erik Weihenmayer, cego há mais de 20 anos, usou o dispositivo para projetar em sua língua as imagens captadas por uma câmera localizada em sua cabeça. Em pouco tempo de uso, foi capaz de identificar objetos e apanhar uma bola em movimento. Já a americana Cheryl Schiltz usou o BrainPort para recuperar a sensação de equilíbrio. No caso dela, um aparelho localizado também na cabeça registrava todas as vezes que ela se inclinava, indicando o desnível através dos eletrodos – ao deixar a cabeça alinhada, ela sentiria uma sensação mais forte na parte central da língua. Foi o suficiente para que Cheryl andasse pela rua, subisse e descesse escadas e até mesmo carregasse uma bandeja.
A viagem através dos sentidos está apenas começando. Cada um desses novos equipamentos levam a descobertas ainda mais profundas sobre como percebemos o mundo, que por sua vez levam a tecnologias mais avançadas. Talvez um dia os cientistas cheguem à conclusão de que temos mais de 35 sentidos ou, quem sabe, a uma resposta ainda mais radical: um só. Como o que está em jogo é nada menos a forma com que lidamos com o mundo e com que sabemos que tudo existe, é possível que essas pesquisas mudem toda a nossa relação com a realidade. O que estaremos vendo e ouvindo daqui a algumas décadas? Ninguém sabe.

O Homem que Confundiu sua Mulher com um Chapéu, Oliver Sacks, Cia. das Letras, 1997

viscog.beckman.uiuc.edu/djs_lab/ - Laboratório de Cognição Visual
www.oliversacks.com - Site do neurologista Oliver Sacks


***

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Paulo Barros = Unidos da Tijuca = Magia !!! Parabéns !!

Wowww !!! Ganhou uma das Escolas que estava torcendo... penso que foi quase unanimidade. Apesar da Beija Flor ter sido perfeita como sempre... a Unidos da Tijuca foi além do perfeito...


Unidos da Tijuca - Samba-Enredo 2010



Desvendar esse mistério
É caso sério, quem se arrisca a procurar
O desconhecido, no tempo perdido
Aquele pergaminho milenar
São cinzas na poeira da memória
E brincam com a imaginação
Unidos da Tijuca, não é segredo eu amar você
Decifrar, isso eu não sei dizer
São coisas do meu coração

Eu quero ver esse lugar
Que o próprio tempo acabou de esquecer
Meu deus, por onde vou procurar
Será que alguém pode me responder

Quem some na multidão
Esconde a sua verdade
Imaginação, o herói jamais revela a identidade
Será o mascarado
Nesse bailado um folião?
A senha, o segredo da vida
A chave perdida é o "x" da questão
Cuidado, o que se vê pode não ser... Será?
Ao entender é melhor revelar
No sonho do meu carnaval
Pare pra pensar, vai se transformar
Ou esconder até o final?

É segredo, não conto a ninguém
Sou Tijuca, vou além
O seu olhar, vou iludir
A tentação é descobrir

retirado do site: http://vagalume.uol.com.br/unidos-da-tijuca/samba-enredo-2010.html

sábado, 19 de dezembro de 2009

Phones <> Smartphones <> I phone...



Um site muito interessante falando sobre tudo de smartphones... na verdade é um livro:

ocê está lendo um tópico de demonstração do livro Smartphones, Guia Prático:


Autor: Carlos E. Morimoto


Introdução: Os Smartphones



Antigamente, quando você estava em trânsito e precisava falar com alguém, sua melhor opção era procurar algum orelhão e cruzar os dedos para que a pessoa também não estivesse fora de casa ou do escritório. Em função disso, era muito comum que as pessoas mantivessem listas dos telefones onde podiam encontrar os contatos mais importantes (em casa, no escritório, na casa da avó, etc.) e os famosos recadinhos no estilo "se ver fulano, peça para ele me ligar", eram comuns.
Hoje em dia isso pode parecer um passado muito distante, mas, na verdade, faz menos de dez anos. Duas coisas que mudaram nesse período, e acabaram catalizando todas as outras mudanças que tivemos em matéria de comunicação e relacionamento, são os telefones celulares e a Internet.
A Internet dispensa comentários, já que massificou o acesso à informação e criou todo um novo universo de ferramentas de comunicação e publicação. Antigamente, quando queria saber mais sobre um determinado assunto, você ia a uma biblioteca, ou saía perguntando aos amigos. Hoje em dia, você simplesmente abre o navegador e faz uma busca no Google.
Os celulares tiveram um início mais humilde, servindo apenas como um sistema de telefonia móvel, baseado na transmissão por rádio. O nome "celular" vem da forma como as redes das operadoras são organizadas. Ao invés de uma única e grande estação de transmissão por cidade, são usadas várias estações menores, que dividem a cidade em pequenas áreas, chamadas de células, cada uma com (tipicamente) de 10 a 30 km². O uso de múltiplas estações permite aumentar o número de linhas disponíveis (já que, devido ao limite de freqüências disponíveis, cada estação dispõe de apenas algumas centenas de canais) e, ao mesmo tempo, permite que os aparelhos trabalhem com uma potência de transmissão muito mais baixa, o que aumenta a autonomia das baterias e reduz a emissão de radiação nociva.
A primeira geração de aparelhos utilizava um sistema muito simples, com sinal analógico e um sistema de identificação que podia ser facilmente copiado e reproduzido. Isso acabou levando a um problema crônico de clonagem de aparelhos, que acelerou a adoção do CDMA e do GSM, os sistemas digitais usados atualmente. Além de resolverem o problema da clonagem, eles possibilitaram a transmissão de dados baseada em pacotes, o que abriu as portas para o acesso móvel à web. Os celulares deixaram de ser apenas telefones portáteis para começarem o longo processo evolutivo, até se tornarem smartphones.
Conforme foram evoluindo, os celulares passaram a incorporar as funções de cada vez mais dispositivos, tornando-se progressivamente mais importantes. Mesmo os aparelhos mais básicos vendidos atualmente utilizam muitas vezes processadores ARM de 300 a 400 MHz e 64 MB ou mais de memória RAM (sem contar a memória Flash, usada para armazenamento). Ou seja, possuem um poder de processamento superior ao de muitos PCs do final da década de 1990. Com tanto poder de fogo disponível, não é de se estranhar que eles tenham passado a assimilar as funções de outros dispositivos, assim como no caso dos PCs.
As primeiras vítimas foram as agendas eletrônicas (lembra delas?), que foram incorporadas aos celulares na forma das funções para armazenar telefones e contatos. As vítimas seguintes foram os PDAs e os Palms, que, ao serem incorporados, deram origem aos smartphones que usamos atualmente, que incluem agenda de compromissos, visualizadores de documentos e outras funções que invadiram até mesmo os modelos mais simples.

Além da questão da integração, os celulares dispõem de uma arma importante, que é o fato de, ao contrário dos palmtops, possuírem conexão com a web. Isso permite que eles ofereçam também navegadores, clientes de e-mail e IM e assim por diante. Os palmtops, que eram tão populares há apenas 3 ou 4 anos, literalmente desapareceram devido à falta de demanda.

As próximas a serem incorporadas foram as câmeras digitais. De uma forma geral, as câmeras integradas aos celulares deixam muito a desejar com relação à qualidade de imagem, devido, sobretudo, à baixa qualidade dos sensores e das lentes usadas, que são justamente os componentes mais caros e importantes em qualquer câmera digital. Lentes baratas, combinadas com sensores de baixa qualidade resultam em imagens lavadas, mesmo que a resolução seja boa. Isso explica por que mesmo aparelhos com câmeras de 3 ou 5 megapixels deixam a desejar em muitas áreas.

Apesar disso, as câmeras integradas atendem bem ao público que quer apenas tirar fotos casualmente e filmar vídeos curtos em baixa resolução, sem precisar carregar uma câmera separada o tempo todo. Com as redes 3G, os celulares passaram a incorporar também uma pequena câmera frontal, de baixa resolução, destinada a fazer chamadas de vídeo conferência.
Outra vítima, um pouco mais recente, é o mp3player, que também foi impiedosamente incorporado aos celulares. Nada mais lógico, já que todos os aparelhos atuais possuem os circuitos necessários para processar e reproduzir áudio e suportam cartões de memória de até 32 GB, sendo o suporte a MP3 apenas uma questão de software e de interface.
Como brinde, você ganha também a possibilidade de assistir vídeos, incluindo clipes do YouTube e outros sites de compartilhamento, que podem ser tanto salvos usando o PC, quanto acessados diretamente, usando a conexão de dados. Em um aparelho com uma tela razoavelmente grande, você pode até mesmo assistir filmes e séries inteiras.
Um bom sintoma da perda de espaço dos mp3players é o fato da Apple, que fez tanto sucesso com o iPod, encarar o complicado mercado de celulares e investir no iPhone, de forma a se manter relevante. Daqui a dois ou três anos, será raro ver alguém com um iPod ou outro mp3player stand-alone, assim como hoje em dia é raro ver alguém com um palm ou uma agenda eletrônica.
Continuando, os próximos da lista são os navegadores GPS. Hoje em dia, você pode instalar um software de localização como o Google Maps mesmo em aparelhos relativamente simples e conectá-lo via bluetooth a um receptor GPS externo, obtendo assim uma boa solução para localização e navegação. Entretanto, com a queda nos custos dos componentes, cada vez mais modelos estão vindo com receptor GPS integrado e softwares de navegação com suporte a navegação assistida (como no caso dos aparelhos da Nokia com o Nokia Maps). Isso permite que você utilize o próprio smartphone para traçar rotas e se localizar no trânsito, sem precisar de um navegador GPS dedicado:

Um aparelho de GPS pode parecer algo supérfluo à primeira vista. Entretanto, depois que você o usa por alguns dias, começa a se perguntar como pôde viver tanto tempo sem ele, sobretudo se você é um dos infelizes motoristas que abarrota as ruas de uma grande cidade, como São Paulo. Pode demorar mais um ou dois anos, mas eventualmente os celulares com GPS se tornarão tão comuns quanto os com câmera ou MP3, puxados pela redução no custo dos componentes.
Outra classe ameaçada de extinção é a dos modems USB. Eles se tornaram populares no início da implantação dos serviços de acesso via 3G devido ao plano de negócios adotado por algumas operadoras, de diferenciar os planos de acesso para PCs e notebooks dos planos de acesso a partir de smartphones (daí o uso de modems separados). Entretanto, praticamente todos os smartphones atuais podem ser usados como modem, muitas vezes com uma configuração ainda mais simples do que em um modem USB. Conforme as operadoras passem a disponibilizar planos que combinem voz e tráfego de dados ilimitados, mais e mais usuários passarão a usar o próprio smartphone como modem, em vez de carregar um telefone e um modem USB separado.
Uma outra vantagem dos smartphones é que eles podem ser usados também como modem bluetooth, eliminando a necessidade de usar fios. Isso é bastante útil para quem usa um notebook para se conectar em aeroportos, salas de espera e em outros lugares onde não exista uma mesa disponível, já que você pode se conectar à web sem tirar o smartphone do bolso.....

iPhone


Concorrendo com as duas plataformas temos o iPhone, que apesar de ser o mais novo, tem crescido em popularidade. O iPhone 3G tem obtido tanta exposição que dispensa maiores comentários. Os pontos fortes são a interface e a grande variedade de aplicativos, que são comercializados através da Apple AppStore. Embora não tenha teclado, ele oferece uma forma conveniente de entrada de texto usando um teclado onscreen, que funciona bem graças à combinação da boa sensibilidade da tela e otimizações no software.
O iPhone roda uma versão reduzida do MacOS X, portada para processadores ARM e customizada para rodar dentro das limitações de memória e processamento dos aparelhos. Naturalmente, existem muitas diferenças com relação à interface e no suporte à aplicativos, mas o Kernel e outros componentes básicos do sistema são os mesmos.
Pode parecer estranho que tenham conseguido simplificar o pesado OS X a ponto de rodar em um smartphone, mas, na verdade, isso foi relativamente simples. O OS X é um sistema Unix, derivado do BSD, que segue a mesma estrutura básica que temos no Linux, com um Kernel bastante leve e um grande conjunto de drivers, bibliotecas e aplicativos rodando sobre ele. O sistema é facilmente portável, de forma que apenas uma pequena parte do código precisa ser alterada para rodar em outras plataformas. A parte mais complicada ficou por conta da interface, que foi desenvolvida a partir do zero.
Eliminando todo o overhead da versão desktop e criando um set de aplicativos otimizados, a Apple conseguiu chegar ao iPhone OS, a versão reduzida do sistema, que ocupa cerca de 300 MB da memória flash integrada. Junto com o porte do OS X, a Apple desenvolveu uma versão reduzida do Safari, usado como navegador, integrando o conjunto resultante com as funções de player de mídia, já usadas anteriormente no iPod.
Parte das funções da interface são acionadas por gestos, um conceito antigo, mas que ainda não havia sido implementado em smartphones. Ao rolar uma página web, ou alternar entre títulos na lista de músicas, por exemplo, o scroll é feito de acordo com a velocidade em que você arrasta o dedo. Se arrastar muito rápido, você pode ir direto ao final da página.

No aplicativo de imagem, um gesto de pinça, abrindo o polegar e o indicador sobre a tela, faz com que a imagem seja ampliada. Fazendo o movimento inverso, ela é reduzida. O iPhone possui também um acelerômetro, que é bem aproveitado pelo software. O simples gesto de levar o telefone à orelha, faz com que a ligação seja atendida e girá-lo faz com que um vídeo, foto ou página web passe a ser mostrada em modo wide-screen.
Ao contrário do que a mídia faz parecer, o iPhone não trouxe muitos recursos que já não estivessem disponíveis em aparelhos de outras plataformas. A jogada da Apple, foi conseguir apresentar recursos básicos como a possibilidade de navegar, ler os e-mails, ouvir música, assistir vídeos, usar o Google Maps e instalar aplicativos adicionais no smartphone de uma forma acessível às pessoas sem muita familiaridade com tecnologia, combinado com um gigantesco esforço de marketing para divulgar o produto, da mesma forma como foi anteriormente feito com o iPod.

Existem duas versões do iPhone: o original, que oferece suporte a redes 2G e já é considerado obsoleto e o iPhone 3G, que oferece suporte a UMTS e incluiu diversas pequenas mudanças nos componentes e no software, mantendo o mesmo formato básico."
 


segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Sem Fantasia ! Dois

Dois Corpos som corpos voz dimensões !! no encontro do desencontro...no desencontro do encontro... o que é isso... interativo, interdependendo...



Estava lendo um artigo no site da salainterativa e lembrei desse video... entre vários outros pensamentos, pois cheguei a esse site por um amigo... e então dentro desses pensamentos várias idéias concatenadas em temas afins. Uma certa, uma tal sincronicidade...

Lembrei também do movimento ou da filosofia da Não Dialética... Caramba Uau... nada fácil... Um questionamento sobre algo de poder, política... criação do conhecimento...

Esse estante foi um dos que me veio logo depois do contato de outro amigo para nos encontrarmos, amigos com afinidades especificas no campo do galáctico, humano, social...rs....

Para vc ver... fazemos várias coisas que acabam se tornando a mesma coisa...

Economia solidaria  : http://www.trocandolivros.com.br/

   ***

http://saladeaulainterativa.pro.br
http://saladeaulainterativa.pro.br/entrevistas.htm
Dessa página: http://saladeaulainterativa.pro.br/entrevista_0002.htm
esse texto.essa entrevista (uma parte o restante vá no link aí e veja:

Fonte: http://www.iuvb.edu.br/br/atualidades/entrevistas/marcos.htm (pesquisa realizada em março/2003)
"Interatividade requer a morte do sujeito narcisicamente investido do poder"

Professor de Sociologia da Educação, Marco Silva é autor do livro Sala de Aula Interativa. Nesta entrevista exclusiva à uvb.Br, diz que "uma sala de aula baseada na disposição à co-autoria, à interatividade, requer do professor a morte do sujeito narcisicamente investido do poder". E acrescenta: "Expor sua opção crítica à intervenção, à modificação, requer humildade. Digo humildade e não fraqueza ou minimização da autoria, da vontade, da ousadia."

E o jovem da geração digital, enfatiza Marco Silva, "lembra a criança que vai ao teatro infantil: quer subir no palco e interferir na cena; essa atitude menos passiva diante da mensagem é sua exigência de uma nova sala de aula."

Vitor Hugo Louzado


Como surgiu seu interesse por salas de aula interativas?

Marco Silva - Há 15 anos leciono Sociologia da Educação em cursos de formação de professores e em faculdades de Pedagogia. Durante esse tempo, além de professor, tenho sido pesquisador de dois temas que me inquietam cada vez mais. Um é o processo de fragilização da escola no cumprimento de sua função social de formar cidadãos esclarecidos, senhores do seu próprio destino - ideal iluminista.

O outro é a sala de aula interativa que rompe com a modalidade comunicacional baseada na transmissão de informações e centrada no falar-ditar do professor. Situo os dois temas no cruzamento da sociologia com a educação.

Meu interesse por sala de aula interativa vem da percepção de que a sala de aula tradicional não educa para a cidadania, uma vez que não estimula a participação do aluno na construção do conhecimento. Nas escolas e universidades, a educação continua baseada no modelo comunicacional da transmissão em massa.

Aí prevalece o mesmo modelo da mídia de massa: a distribuição de informações separando emissão e recepção. Quando o ensino está centrado na emissão do professor e do livro, cabe ao aluno o lugar da recepção passiva que não prepara a participação cidadã, o lugar da prestação de contas que não estimula criatividade porque se basta com a repetição.

O que a teoria de Paulo Freire tem a ver com sala de aula interativa?

Marco Silva - O educador Paulo Freire já chamou a atenção dos professores para o problema da transmissão quando dizia: "A educação autêntica não se faz de 'A' para 'B' ou de 'A' sobre 'B', mas de 'A' com 'B'." No entanto, pouco se tem feito para modificar o sistema centrado no falar-ditar do mestre.

Há o peso de uma tradição bem identificado por Pierre Lévy quando este diz: "a escola é uma instituição que há 5 mil anos se baseia no falar-ditar do mestre". Tradicionalmente os professores vêm reproduzindo a sala de aula centrada na transmissão de informações. Tradicionalmente ela é identificada com o ritmo monótono e repetitivo associado ao perfil de um aluno que permanece demasiado tempo inerte, olhando o quadro, ouvindo récitas e copiando.

Nos seus livros Pedagogia do Oprimido, Educação e Mudança e A importância do ato de ler, Paulo Freire faz críticas à transmissão como sendo o modelo mais identificado como prática de ensino e menos habilitado a educar. Cito algumas: "O professor ainda é um ser superior que ensina a ignorantes. Isto forma uma consciência bancária [sedentária, passiva].

O educando recebe passivamente os conhecimentos, tornando-se um depósito do educador. Educa-se para arquivar o que se deposita."; "Quem apenas fala e jamais ouve; quem 'imobiliza' o conhecimento e o transfere a estudantes, não importa se de escolas primárias ou universitárias; quem ouve o eco, apenas de suas próprias palavras, numa espécie de narcisismo oral; (...) não tem realmente nada que ver com libertação nem democracia."; "Ensinar não é a simples transmissão do conhecimento em torno do objeto ou do conteúdo. Transmissão que se faz muito mais através da pura descrição do conceito do objeto a ser mecanicamente memorizado pelos alunos."

Paulo Freire não desenvolveu uma teoria da comunicação que pudesse dar conta de sua crítica à transmissão. No entanto, deixou esse legado que garante ao conceito de interatividade a exigência da participação daquele que deixa o lugar da recepção para experimentar a co-criação.

A interatividade entre professores e alunos só pode aparecer com o uso de novas tecnologias?

Marco Silva - Não. Interatividade é um conceito de comunicação. Pode ser empregado para significar a comunicação entre interlocutores humanos, entre humanos e máquinas e entre usuário e serviço. No entanto, para que haja interatividade é preciso garantir duas disposições decisivas:

1. a dialógica que associa emissão e recepção como pólos antagônicos e complementares na co-criação da comunicação;

2. a intervenção do usuário ou receptor no conteúdo da mensagem ou do programa abertos a manipulações e modificações.

O termo "interatividade" aparece na década de 1970, no contexto da crítica à mídia de massa centrada na emissão que uniformizava fluxos instituindo legitimidades. O termo virou moda na década de 1980 a partir da informática, quando a tela do monitor deixou de ser um plano de irradiação para tornar-se espaço tridimensional de adentramento, manipulação e co-criação, com janelas (windows) móveis e abertas a múltiplas conexões. Por esse fato ficou associado ao computador.

Na sala de aula infopobre, aquela que não dispõe do computador ligado à internet, o professor pode modificar a velha tradição do falar-ditar. Em lugar de transmitir, ele propõe o conhecimento. Ou seja, ele não oferece o conhecimento à distância para a recepção audiovisual sedentária, passiva.

Como sugerem Thornburg e Passarelli, o professor "modela os domínios do conhecimento como espaços conceituais, onde os alunos podem construir seus próprios mapas e conduzir suas explorações, considerando os conteúdos como ponto de partida e não como ponto de chegada no processo de construção do conhecimento".

Na sala de aula interativa a participação do aluno se inscreve nos estados potenciais do conhecimento arquitetados pelo professor e evoluindo em torno do núcleo preconcebido, com coerência e continuidade, mas ao mesmo tempo aberto à polifonia, à ambivalência, à instabilidade e ao acaso. Neste ambiente o aluno não está mais reduzido a olhar, ouvir, copiar e prestar contas. Ele cria, modifica, constrói, aumenta e, assim, torna-se co-autor da construção da comunicação e do conhecimento. Tudo isso pode acontecer na sala de aula infopobre..."


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